Abstract:
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O Brasil é um país que possui grande potencial para produção de ostras nativas, como Crassostrea gasar, devido ao seu extenso litoral. Para a produção de sementes de ostras em laboratório, a maturação de reprodutores é uma etapa importante. Contudo, a alimentação dos reprodutores, a qual é baseada em microalgas, é uma das etapas mais caras do processo de produção de sementes em laboratório, exigindo mão de obra qualificada e alto custo de energia elétrica. Neste sentido, este estudo avaliou suplementação da dieta de C. gasar com óleo de peixe. Ostras adultas (67,33 ± 3,36 mm) foram condicionadas em 5 dietas, uma controle (DC), composta pelas microalgas vivas Isochrysis aff. galbana e Chaetoceros muelleri (na proporção de 50% cada; concentração algal total calculada com base em 3% do peso seco das ostras) e outras 4 DC suplementadas, sendo uma com a microalga viva Pavlova lutheri (suplementada com 5% do peso seco da dieta controle) e 3 dietas com óleo de peixe nas quantidades de 2,5, 5 e 10%. Para avaliar o efeito das dietas nos reprodutores, foi realizada a extração da fração apolar dos lipídios das ostras (n=4) de cada dieta para identificação e quantificação dos ácidos graxos presentes. A extração lipídica foi realizada com clorofórmio e a derivatização em meio metanólico para posterior injeção no cromatógrafo gasoso (GC). Para identificar o estágio reprodutivo das ostras, foi realizada análise histológica das gônadas. Nos resultados de rendimento de extração, apesar de não haver diferença significativa, a fração apolar das ostras alimentadas com 2,5% de emulsão (245,21 ± 95,10 mg) apresentou valor 1,7 vezes maior comparativamente a dieta controle (144,50 ± 26,34 mg). A histologia mostrou que nas dietas suplementadas com óleo de peixe, 75% dos animais estavam em gametogênese após 40 dias de condicionamento. Devido à pandemia do COVID-19, ainda não foi possível fazer a injeção no GC, conforme previsto no plano de atividades. |