Diversidade de macrofungos e ectomicorrizas da Ilha de Santa Catarina

Abstract

No Brasil a restauração ecológica é prevista por lei, que determina onde e quanto de vegetação nativa deve ser protegida, recuperada ou restaurada. Criar comunidades ecologicamente funcionais com custos reduzidos, controlando espécies superdominantes é um dos desafios da restauração. Fazer uso de espécies facilitadoras pode ser uma alternativa para reduzir custos com controle de espécies superdominantes, e promover uma restauração mais rápida e funcional. Desta forma, este projeto visa avaliar como diferentes métodos de restauração usando 'Guapira opposita' como espécie facilitadora, podem controlar o crescimento de 'Pteridium arachnoideum', uma samambaia superdominante encontrada no Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri. Mais especificamente, buscamos comparar quatro tratamentos que combinam a integração de técnicas de manejo da samambaia somado ao plantio de indivíduos de 'G. opposita', averiguando de que forma as interações abaixo do solo, como a associações ectomicorrízicas, podem influenciar na regeneração da área degradada. Para isso, coletamos amostras de solo nos quatro tratamentos a fim de verificar se haviam diferenças significativas na quantidade de ectomicorrizas entre as parcelas. Através de análises estatísticas, constatamos que não existem diferenças significativas na distribuição de ectomicorrizas entre os tratamentos. Durante a análise dos materiais, registramos também, sete morfotipos distintos de ectomicorrizas, as quais acreditamos que estejam associadas a plantas nativas do ambiente de restinga. Entretanto, ainda não temos dados complementares para confirmar esta informação. Os resultados produzidos aqui nos fornecem os primeiros dados que irão preencher lacunas de conhecimento científico acerca de diferentes métodos de restauração que visam reestruturar comunidades ecologicamente funcionais, com custos reduzidos, e que podem garantir maior sucesso para restaurar a restinga arbórea na região sul do Brasil.