Abstract:
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Estudos anteriores (GALVES; PAIXÃO DE SOUSA, 2017; MARTINS, 2018; MARTINS, 2009), mostram que, na escrita brasileira do século XIX, há um caso de competição de gramáticas entre o Português Clássico (PCl), o Português Europeu (PE) e o Português Brasileiro (PB), nos termos de Kroch (2001). Com base nesse panorama, tive como objetivos centrais investigar o fenômeno da evolução da próclise, correlacionando-o ao sujeito nulo, bem como verificar em que medida as demais colocações dos clíticos possuem traços remanescentes de outras gramáticas do português, na escrita do século XIX. Isto posto, ao que concerne à metodologia, foram adotadas a sintaxe diacrônica e a sociolinguística histórica variacionista (SILVESTRE, 2007). Utilizei de peças de teatro oitocentistas para coleta de dados, presentes na plataforma PB-Corpus Histórico. Os dados considerados relevantes foram referentes apenas às orações matrizes em contexto neutro, assim como aos contextos V1 absoluto, V1 em primeiras coordenadas, dois clíticos, mesóclise e interpolação. Entretanto, ainda não foi possível ter resultados conclusivos acerca do contexto neutro e do sujeito nulo, pois os dados ainda estão em fase de categorização para futuras rodadas estatísticas e resultados. Logo, como resultados, obtive dados empíricos dos contextos de mesóclise, de V1 absoluto, de interpolação e de dois clíticos contratos que atestam as propriedades das gramáticas do PE, do PCl e do PB, em competição na escrita brasileira oitocentista. |