A obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada de Carolina Maria de Jesus como caminho para abordar o tema Racismo Ambiental na Educação em Ciências

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo analisar trechos da obra de Carolina Maria de Jesus, para pensar e problematizar a forma de ensino colonial que ainda “impera”dentre os currículos escolares. O texto apresenta uma breve exposição sobre a vida da autora, desde a sua infância, até o momento que se deu a publicação de seu primeiro sucesso, em formato de diário, com fortes falas em tons de desabafos e denúncias. Este trabalho também reflete a importância da criação de estudos decoloniais para o ensino de ciências e aborda as potencialidades dialógicas do livro em sala de aula. O texto conta com uma breve conceituação de Racismo Ambiental,e uma seção com olhar horizontal para três janelas que visam ampliar a luz das práticas pedagógicas antirracistas no campo do ensino de ciência; a janela científica,a janela literária e a janela racial. Aponta-se que se faz necessário o uso de histórias e realidades marginalizadas no âmbito escolar que promovam novos sentidos e saberes acerca das diferentes realidades, subjetividades, histórias e lutas dos sujeitos, e destaca-se a contribuição de Carolina com sua literatura feminina, negra e periférica, ressaltando a importância da inclusão da sua obra no ensino escolar de ciências para contribuir na formação de sujeitos, e na introdução de uma educação de natureza libertadora e resistente às discriminações.

Esta investigación tuvo como objetivo analizar fragmentos de la obra de Carolina María de Jesús, para pensar y problematizar la forma de educación colonial que aún “prevalece” entre los currículos escolares. El texto presenta una breve exposición sobre la vida de la autora, desde su infancia, hasta el momento en que se publicó su primer éxito, en formato de diario, con fuertes discursos en tonos de arrebato y denuncias. Este trabajo también refleja la importancia de crear estudios descoloniales para la enseñanza de las ciencias y aborda el potencial de diálogo del libro en el aula. El texto tiene una breve conceptualización del Racismo Ambiental y una sección con una mirada horizontal a tres ventanas que buscan ampliar la luz de las prácticas pedagógicas antirracistas en el campo de la educación científica; la ventana científica, la ventana literaria y la ventana racial. Se señala que es necesario utilizar historias y realidades marginales en el ámbito escolar que promuevan nuevos significados y conocimientos sobre las diferentes realidades, subjetividades, historias y luchas de los sujetos y se destaca el aporte de Carolina con su literatura marginal,femenina, negra y periférica, enfatizando la importancia de incluir su obra en la educación científica escolar para contribuir a la formación de las personas y la introducción de una educación de carácter liberador y resistente a la discriminación.