Determinantes cinemáticos e cinéticos do desempenho do sprint em pessoas com lesão cerebral: uma revisão de literatura

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Determinantes cinemáticos e cinéticos do desempenho do sprint em pessoas com lesão cerebral: uma revisão de literatura

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Título: Determinantes cinemáticos e cinéticos do desempenho do sprint em pessoas com lesão cerebral: uma revisão de literatura
Autor: De Araujo, Pedro Henrique
Resumo: Introdução: Pessoas com lesão cerebral (LC) têm comprometimentos na postura e no movimento, e apresentam quadros de hipertonia, incoordenação e fraqueza muscular. Estes comprometimentos impactam diretamente o desempenho motor, especialmente em atividades de altas demandas. A corrida de velocidade, ou sprint, é uma destas atividades. O sprint se caracteriza por provas de curta duração, onde os atletas devem grandes forças, a fim de acelerar e manter a maior velocidade possível. Tendo em vista sua complexidade mecânica, o sprint é subdividido em fase de aceleração, velocidade máxima e desaceleração. Cada fase tem seu comportamento mecânico específico e suas determinantes do desempenho. Apesar destes determinantes cinemáticos e cinéticos pareçam claros em sujeitos sem LC, a relação destes determinantes com o desempenho no sprint nunca foi investigada em corredores velocistas com LC. Objetivo: A partir de uma revisão de literatura, verificar as variáveis cinemáticas e cinéticas relacionadas com o desempenho durante as diferentes fases do sprint em corredores velocistas com e sem LC. Métodos: Foi realizada uma busca em quatro bases de dados, sendo elas PubMed, SciELO, Web of Science e Google Acadêmico desde a concepção até abril de 2021. Foram incluídos estudos que tivessem como objeto de estudo a cinemática e a cinética do sprint em corredores velocistas com LC. Após um processo de triagem e seleção realizado por dois revisores, 5 estudos foram incluídos para a extração de dados, e somente parâmetros relacionados com o desempenho, previamente descritos na literatura, foram extraídos. Conclusões: Velocistas com LC apresentam alterações nos parâmetros determinantes do desempenho no sprint quando comparados a sujeitos sem LC. Quanto aos determinantes cinemáticos durante a fase de saída de bloco, é observado um menor comprimento do primeiro passo e uma maior frequência de passo entre os três primeiros contatos. Ainda, sobre os determinantes cinéticos dessa fase, observam-se menores aplicações de força, uma menor geração de potência e uma orientação mais vertical da força resultante, gerando assim um impacto negativo no desempenho de velocistas com LC. Durante a fase de aceleração, velocistas LC apresentam menores tempos de contato e um menor tempo de balanço do que seus pares, alterações essas que parecem ser benéficas para o desempenho. Por fim, durante a fase de velocidade constante, é possível observar maiores forças verticais e maiores tempos de contato em velocistas com LC. Estes achados indicam um impacto prejudicial da LC nos parâmetros cinemáticos determinantes do desempenho, enquanto para os parâmetros cinéticos observa-se um efeito benéfico. Velocistas com LC têm acometimentos na função motora e por isto, apresentam diferentes estratégias mecânicas durante as diferentes fases do sprint.Introduction: People with brain impairments have compromises in posture and movement, and feature hypertonia, incoordination of movement and muscle weakness. This impairments affects directly motor performance, especially in high demands activities. The sprint running is one of those. The sprint is a track event, characterized by short-terms events, in which athletes must generate great magnitudes of forces, in order to accelerate and maintain the highest possible speed. Given it mechanical complexity, sprint is divided in acceleration phase, maximum running speed phase and deceleration phase. Each phase has it particular mechanical behavior and its performance determinants. Despite the fact that these performance determinants are well known in able-body athletes (AB), the relation of these determinants in athletes with brain impairments (BI) has never been investigated. Objectives: A literature review was conducted to verify the kinematic and kinetic determinants of performance in sprint running during different phases in athletes with and without brain impairment. Methods: A search was conducted through four databases, PubMed, SciELO, Web of Science and Scholar Google, from inception to April 2021. Studies which analyzed the sprint kinematics and kinetics in sprinters with brain impairments were included (SBI). After a screening and selection process carried out by two reviewers, 5 studies were included to data extraction, and only performance-related parameters, previously described in the scientific literature, were extracted. Conclusions: Sprinters with brain impairment feature differences in performance-related parameters when compared to AB. In relation to kinematic performance-related parameters during block phase, sprinters with brain impairments display shorter step length at first contact and increased step frequency in the first three steps. Furthermore, horizontal ground reaction forces, power generation, and mechanical effectiveness are lower in sprinters with brain impairments. During acceleration phase, sprinters with brain impairments have lower contact time and swing time, which is seems to provide a better performance. During the maximal speed phase, a greater vertical ground reaction forces and contact times is observed in sprinters with brain impairments. These findings indicate a detrimental impact of BI on kinematic performance-related parameters, while it is observed a beneficial effect on the kinetic performance-related parameters. Sprinters with brain impairments have motor involvements, and as a result, they display different mechanical strategies during the different phases in sprint running.
Descrição: TCC (Graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Desportos. Educação Física - Bacharelado.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223621
Data: 2021-05-11


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