Fábrica, barco e mangue: a dialética entre sujeitos empírico e concreto nas produções textuais

DSpace Repository

A- A A+

Fábrica, barco e mangue: a dialética entre sujeitos empírico e concreto nas produções textuais

Show full item record

Title: Fábrica, barco e mangue: a dialética entre sujeitos empírico e concreto nas produções textuais
Author: Pereira, Aline Cristina
Abstract: Para desenvolver uma escola pública de qualidade, em suas intenções de equidade, é preciso constituir indivíduos atentos ao seu momento histórico, presente como resultado do curso da história humana. Para tal, recorreu-se à teoria crítica da educação que não reconhece o sistema educacional como \"instrumento de correção\" das distorções que o sistema econômico determina, pois a desigualdade é \"fenômeno inerente à própria estrutura da sociedade\" (SAVIANI, 1983, p. 17). Para organizar um trabalho educativo com vista a uma formação crítica e integral, princípios da mencionada teoria pedagógica, fomentou-se a produção textual escrita e, para discutir esse ideal formativo, recorreu-se a Bogdan Suchodolski (2002 [1980]) que debate, dialeticamente, a superação da pedagogia da essência (formação do homem ideal) e da existência (aquilo que naturalmente se constitui pelo meio) numa concepção superadora dos dois critérios chamada \"educação virada para o futuro\" (Idem, 2002). Ambicionou-se, portanto, a experiência humana por via da escrita, através de um processo criativo que despertasse percepções crítico-valorativas sobre o lugar em que vivem esses estudantes à luz da relação dialética entre o sujeito constituído empiricamente e que, como tal, é também sujeito histórico/concreto - como objetivo. Tais práticas com linguagem, inseridas num projeto de formação humanizadora, responderam à questão de pesquisa: as possibilidades de produção de texto, motivadas por características empíricas do estudante, podem alcançar uma escrita crítico-valorativa, capaz de expandir rerpresentações do sujeito concreto? Esse sujeito, representado pelo 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual da cidade de Joinville, deparou-se com símbolos representativos à identidade da sua comunidade: a fábrica (que representa o trabalho para o capital), o barco (a particularidade litorânea e o lazer ao qual a maioria não tem acesso) e o mangue (o descaso com o meio ambiente). Vigotski (2001) sugere \"um aporte de tendências marxistas\" (TOASSA, 2004, p. 7) sobre concepções pedagógicas que dizem respeito à intenção de ampliar o senso de emancipação da consciência humana para \"transformar as reações condicionadas inferiores em formas superiores, culturais de reação\" (VIGOTSKI, 2000 apud TOASSA, 2004). As ressignificações acerca da comunidade garantiram reconhecimento empírico ao estudante, então novos hábitos foram ponderados para que fossem estimulados a perceber e a reagir ao seu momento histórico - o que constitui o sujeito concreto em seu processo de objetivação.Abstract: In order to develop a quality public school, in its intentions of equity, it is necessary to constitute individuals who are attentive to their historical moment. To this end, we resorted to the critical theory of education that does not recognize the educational system as a \"correction tool\" for the distortions that the economic system determines, since inequality is \"a phenomenon inherent to the very structure of society\" (SAVIANI, 1983, p. 17). To organize a critical and integral formation, principles of the aforementioned pedagogical theory, the written textual production was promoted and, to discuss this formative ideal, Bogdan Suchodolski (2002 [1980]) was used, which dialectically debates overcoming pedagogy of the essence (formation of the ideal man) and of the existence (what naturally is constituted by the environment) in a conception that fuses the two criteria called \"education facing the future\" (Idem, 2002). Therefore, the human experience through writing, through a creative process that aroused critical-evaluative perceptions about the place in which these students live in the light of the dialectical relationship between the empirically constituted person, was the main objective of action research and that, as such, it is also a historical/ concrete subject. Such practices with language, inserted in a humanizing training project, answered the research question: can the possibilities of text production, motivated by empirical characteristics of the student, reach a critical-evaluative writing, capable of expanding the perceptions of the concrete subject? This concrete subject from the 9th grade of elementary school at a state school in the city of Joinville came across symbols representative of the identity of his community: the factory (which represents work for the capital), the boat (coastal particularity and leisure) which most do not have access to) and the mangrove (neglect of the environment). Vigotski (2001) suggests \"a contribution of Marxist tendencies\" (TOASSA, 2004, p. 7) on pedagogical conceptions that concern the intention of expanding the sense of emancipation of human consciousness to \"transform the inferior conditioned reactions into superior, cultural forms reaction\" (VIGOTSKI, 2000 apud TOASSA, 2004). Resignifications about the community guaranteed empirical recognition to the student, so new habits were considered so that they were stimulated to perceive and react to their historical moment - which constitutes the concrete subject in their objectification process.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Letras, 2020.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219500
Date: 2020


Files in this item

Files Size Format View
PPLE0037-D.pdf 10.27Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar