Prevalência de disfunção temporomandibular articular: uma revisão sistemática e meta-análise

Abstract

Objetivo: Avaliar por meio de uma revisão sistemática e meta-análise a prevalência de disfunção temporomandibular (DTM) articular na população em geral. Métodos: As cinco principais bases de dados da saúde e três da literatura cinzenta foram pesquisadas para identificar os estudos primários, observacionais, em que a DTM articular tenha sido diagnosticada por meio dos Critérios de Diagnóstico para Pesquisa em Disfunção Temporomandibular (RDC/DTM) ou os Critérios Diagnósticos (DC/DTM). Os estudos foram selecionados cegamente por dois revisores com base em critérios de elegibilidade pré-definidos. O risco de viés (RoB) foi avaliado por meio do checklist da Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Checklist e o software MedCalc foi utilizado para realizar as meta-análises. Resultados: De 2.741 artigos, 16 preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos para a análise qualitativa e quantitativa. Nove estudos foram julgados com baixo RoB, cinco com moderado e dois com alto. As DTMs encontradas nos estudos primários foram: artralgia, deslocamento de disco (DD) com redução (DDcR), DDcR com travamento intermitente, DD sem redução (DDsR) com abertura limitada, DDsR sem abertura limitada, doença articular degenerativa (DAD), osteoartrite, osteoartrose e subluxação. Os principais resultados das meta-análises gerais de prevalência, para adultos/idosos foram: DTM articular (37,6%); artralgia (10,1%) e DAD (9,1%). Além disso, para crianças/adolescentes foram: DTM articular (12,6%); artralgia (2,9%) e DAD (0,9%). Considerando as meta-análises de diagnóstico individual, a DTM articular mais prevalente foi o DDcR, sendo que a prevalência, para adultos/idosos foi 33% e, para crianças/adolescentes foi 9,3%. Conclusão: A prevalência geral de DTM articular foi de aproximadamente 38% para adultos/idosos e de 13% para crianças/adolescentes. Além disso, a DTM articular mais prevalente foi o DDcR.

Abstract: Objective: Evaluate the prevalence of temporomandibular joint disorders (TMJD) among the general population. Methods: Five main electronic databases and three grey literature were searched to identify observational studies in which TMJD was diagnosed using the Research Diagnostic Criteria (RDC/TMD) or Diagnostic Criteria (DC/TMD). The studies were blindly selected by two reviewers based on eligibility criteria. Risk of bias (RoB) was assessed using the Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Checklist and the MedCalc software was used to perform meta-analyses. Results: From 2741 articles, 16 articles were included for the qualitative and quantitative analysis. Nine studies were judged at low RoB, five at moderate, and two at high. The TMJD investigated were: arthralgia, disk displacement with reduction (DDwR), DDwR with intermittent locking, DD without reduction (DDwoR) with limited opening, DDwoR without limited opening, degenerative joint disease (DJD), osteoarthritis, osteoarthrosis and subluxation. The main results from prevalence overall meta-analyses for adults/elderly: TMJD (37.6%); arthralgia (10.1%) and DJD (9.1%). Furthermore, for children/adolescents: TMJD (12.6%); arthralgia (2.9%) and DJD (0.9%). Considering the individual diagnosis meta-analyses, the most prevalent TMJD is DDwR for adults/elderly (33%) and children/adolescents (9.3%). Conclusion: The overall prevalence of TMJD was approximately 38% for adults/elderly and 13% for children/adolescents and the most prevalent TMJD was DDwR.