Abstract:
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A população mundial de idosos tem aumentado de maneira significativa nos últimos anos. A
prática regular de atividade física está associada à prevenção de doenças crônicodegenerativas e diminuição da taxa de mortalidade e morbidade em idosos. Deste modo, é
importante verificar o nível de atividade física dos idosos e identificar quais são barreiras que
os impedem de praticar atividade física. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é descrever as
barreiras percebidas para a prática de atividade física em idosos de Florianópolis. Utilizou-se
como fonte de dados um estudo de coorte de base populacional denominado EpiFloripa Idoso,
realizado com a população idosa (60 anos ou mais) residentes no município de Florianópolis.
Os dados foram extraídos da 3º onda, que teve início em 2017 e finalizado no final do ano de
2019. Foram analisadas, neste estudo, dados de atividade física, aspectos sociodemográficos e
barreiras percebidas para atividade física, sendo os dados analisados por meio de estatística
descritiva e apresentados por meio de gráficos e tabelas. Participaram do estudo 1335 idosos,
a maioria sendo mulheres (61,8%). A maior parte da amostra foi de idosos entre 70-79 anos
(41,5%), casados (55,4%), de cor da pele branca (87,9%), possuía entre 0-4 anos de estudo
(35,4%), consideravam sua saúde como muito boa ou boa (62,0%), com sobrepeso (55,2%) e
como insuficientemente ativos no lazer (72,6%). Em relação às barreiras conclui-se que, as
principais barreiras identificadas foram a preguiça (38,8%), falta de interesse ou gosto pela
atividade física (36,9%), cansaço e falta de motivação ou vontade (36,9%) e falta de
habilidades físicas ou condições físicas (32,2%). Houve uma associação significante entre o
número de barreiras percebidas e a prevalência de inatividade física em idosos (p<0,005). A
prevalência de inatividade física foi mais elevada entre aqueles idosos que perceberam mais
de uma barreira para atividade física quando comparado com aqueles que não perceberam
barreiras para atividade física (72,8% versus 33,9%, p<0,001). Em comparação com homens
também é possível observar que mulheres apresentam um maior número de barreiras para
atividade física. Os resultados do estudo podem auxiliar no desenvolvimento de políticas de
saúde para os idosos e por se tratar de uma amostra representativa poderá ser usado como
base para o desenvolvimento de estratégias para promoção da atividade física em idosos. |