Abstract:
|
Desaparecer, atualmente, parece ser a coisa mais fácil do mundo: é só desligar um aparelho tecnológico que nos permite conectar com o lado “interativo” e a nossa existência se afasta da sociedade e, aos poucos, desvanece. Entretanto, o desaparecer, no passado, não consistia em se desconectar de um aparelho, mas era algo mais calculado e, certamente, mais concreto. Autores como Edgar Allan Poe, Jorge Luís Borges, Ermanno Rea ou Luigi Pirandello tratam de pessoas que desapareceram de alguma maneira, sem deixar rastros; a literatura está repleta de obras onde o protagonista é o desaparecido, mas minha intenção, neste artigo, é tratar, em específico, da obra La scomparsa di Majorana (1977) de Leonardo Sciascia, o qual relatou um dos desaparecimentos, se não o mais importante, que marcou a Itália do século XX. |