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Abstract:
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A Simulação in situ é uma vertente da simulação clínica e o nome faz referência à simulação no próprio ambiente de trabalho. A pesquisa teve como objetivo geral compreender a estratégia da simulação in situ para educação permanente dos profissionais de enfermagem em unidade de terapia intensiva. E como objetivos específicos conhecer o estado da arte sobre o uso da simulação in situ como estratégia para educação permanente em saúde no período 2014-2018; analisar a simulação in situ à luz da Teoria da Aprendizagem Experiencial; descrever a implementação da estratégia da simulação in situ em uma unidade de terapia intensiva e conhecer a percepção dos profissionais de enfermagem sobre a simulação in situ para a educação permanente. Utilizou-se abordagem qualitativa, descritiva, tendo David Kolb como referencial teórico. O estudo foi realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva no sul do país. Participaram 37 profissionais de enfermagem. As simulações envolveram dois casos clínicos: um relacionado à assistência ao paciente em parada cardiorrespiratória; outro, ao paciente em choque séptico. Utilizou-se nas simulações, um simulador de média fidelidade. As simulações foram gravadas em áudio e vídeo utilizados para condução do debriefing e após, realizaram-se entrevistas individuais semiestruturadas, para conhecer como os profissionais perceberam as simulações. As entrevistas foram gravadas, transcritas, as informações foram organizadas por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo com auxílio do software QualiQuantiSoft ® . Os dados foram analisados com base nas quatro etapas do referencial teórico David Kolb: experiência concreta, observação reflexiva, conceitualização abstrata e experimentação ativa. Quanto ao estado da arte da SIS sobre os locais de sua aplicação, predominou no setor da emergência (n=7; 36,8%), seguida da pediatria (n=4; 21,0%). Os temas abordados têm relação com situações agudas como a segurança do paciente, manejo de emergências, treinamento de habilidades técnicas. Referente à relação da simulação com a experiência concreta, esteve presente ser muito positivo o fato da simulação acontecer no ambiente de trabalho, a observação reflexiva foi vista como um ponto para reflexão ao ver as imagens e, a conceituação abstrata proporcionou um ambiente sem estresse para os profissionais poderem falar abertamente em equipe, e experimentação ativa gerou mudanças através da experiência, preparou os profissionais para uma situação real. A implementação das simulações in situ propiciou aos profissionais realizarem educação permanente. Quanto à percepção dos profissionais sobre a simulação in situ, emergiram ideias centrais que relacionam esta modalidade de simulação com a aquisição de habilidades e competências profissionais, foi vista também como um ambiente seguro para cometer erros. Os profissionais percebem que a simulação in situ como um território isento de consequências reais, caso ocorram erros ao longo dos treinamentos. Conclui-se que a simulação in situ pode ser realizada em diferentes cenários, com diferentes temas e tem alcançado resultados positivos para capacitação dos profissionais. O uso da Teoria da Aprendizagem Experiencial para analisar a simulação in situ demonstrou ser uma ferramenta valiosa para a transformação da prática dos profissionais pautada na reflexão através do uso das imagens gravadas. É executável no contexto da terapia intensiva. |
