Fatores de risco para falha de extubação e suas implicações clínicas em unidade de terapia intensiva

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Fatores de risco para falha de extubação e suas implicações clínicas em unidade de terapia intensiva

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Título: Fatores de risco para falha de extubação e suas implicações clínicas em unidade de terapia intensiva
Autor: Kavaturo, Juliana Harumi Hattori Sakuragi
Resumo: INTRODUÇÃO: O uso da ventilação mecânica (VM) aumentou significativamente nas últimas décadas e atualmente é uma das mais importante modalidade terapêutica nas unidades de terapia intensiva. Contudo, está associado a complicações que colocam em risco os cuidados do paciente crítico, tornando um grande desafio a identificação do momento correto para extubar um paciente buscando-se evitar tanto um prolongamento desnecessário da VM como uma extubação prematura, pois ambos estão relacionados ao aumento do risco de complicações em pacientes críticos. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é identificar os fatores associados à falha de extubação, buscando a caracterização de pacientes com risco do seu insucesso e avaliar as reais implicações clínicas relacionadas com a necessidade de reintubação. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de coorte a partir da coleta de dados de pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) submetidos à VM. Esses pacientes foram acompanhados até 48 horas após a extubação permanecendo aqueles que apresentaram o desfecho considerado neste estudo, como reintubação dentro de 48 horas após a extubação ou a evolução para o óbito durante esse período. RESULTADOS: 83 pacientes foram elegíveis para este estudo. Houve associação significativa entre o maior tempo de UTI (p 0,048), maior tempo de VM (p 0,040) e mortalidade na UTI (p 0,022) com falha de extubação. Foram também observados elevação de complicações associadas ao uso do suporte ventilatório, como pneumonia associada à VM (p 0,001) e frequência de traqueostomia (p 0,009). CONCLUSÃO: Não foram encontrados fatores de risco associados à falha da extubação. A falha de extubação está associada a aumento da mortalidade na UTI e do seu tempo de permanência e duração na ventilação mecânica.Abstract: INTRODUCTION: The use of mechanical ventilation (MV) has increased significantly in recent decades and it is one of more important therapeutic modality in intensive care units (ICU) currently. However, it is associated with complications that put critical patient care at risk, making it a major challenge to identify the correct moment to extube a patient seeking to avoid both an unnecessary prolongation of mechanical ventilation as a premature extubation, as both are related to increased risk of complications in critically ill patients. OBJECTIVES: The objective of this study is to identify the factors associated with extubation failure, seeking the characterization of patients at risk of their failure and to evaluate the real clinical implications related to the need for reintubation. METHODS: A coort study was conducted from the collection of data from patients admited to the adult ICU undergoing MV for at least 48 hours or more. These patients were followed up to 48 hours after extubation, remaining those who present the outcome considered in this study, such as reintubation within 48 hours of extubation or evolution to death during this period. RESULTS: 83 patients were eligible for this study.There was a significant association between the longest ICU time (p 0.048), longer MV time (p 0.040) and increased mortality in the ICU (p 0,022) with extubation failure. An raise in complications associated with the use of MV, such as pneumonia associated with mechanical ventilation (p 0,001) and frequency of tracheostomy (p 0,009), were also observed. CONCLUSION: No risk factors were found associated with extubation failure. Extubation failure is associated with increased ICU mortality and its length of stay and duration in MV.
Descrição: Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Intensivos e Paliativos, Florianópolis, 2020.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216672
Data: 2020


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