Foco e cartografia: aspectos formais das estruturas clivadas do português brasileiro

DSpace Repository

A- A A+

Foco e cartografia: aspectos formais das estruturas clivadas do português brasileiro

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Quarezemin, Sandra
dc.contributor.author Silveira, Damaris Matias
dc.date.accessioned 2020-10-21T21:22:26Z
dc.date.available 2020-10-21T21:22:26Z
dc.date.issued 2020
dc.identifier.other 370473
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215829
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2020.
dc.description.abstract Esta tese tem por objetivo investigar, com base na Teoria Gerativa, as propriedades formais das sentenças clivadas, que são construções designadas para focalizar constituintes através do movimento A-barra (A?) do foco. O quadro teórico no qual esta pesquisa está assentada é o do Programa Cartográfico, linha de pesquisa que concebe as estruturas sintáticas como objetos complexos, hierárquicos e mais articulados. Sob essa perspectiva, iremos propor uma análise para as características das clivadas, em termos de concordância e tempo, bem como para a sua estrutura. As clivadas canônicas possuem a sequência linear ?cópula-foco-complementizador-IP?, sendo que a cópula concorda com o foco e converge em tempo com o verbo subordinado. Por outro lado, o português brasileiro (PB) licencia clivadas sem tais convergências. É proposto na literatura que esse é um caso claro de gramaticalização (KATO, 2009, 2018; KATO; RIBEIRO, 2009). Sob essa perspectiva, a cópula não seria um verbo, mas um elemento focalizador. Defenderemos, em contraste com essa hipótese, que esse fenômeno resulta de variação, uma vez que não há evidências suficientes de que o verbo esteja gramaticalizado. Assim, assumiremos que a cópula das clivadas canônicas é um verbo, mesmo quando aparentar estar na forma invariável. Outra configuração de clivada é a clivada é que. Essa construção apresenta a sequência ?foco-é que-IP? e a cópula expressa invariabilidade ? embora o português brasileiro também manifeste variação em relação a esse panorama, licenciando casos com a cópula no passado. Considerando que a cópula é invariável, diversos autores (COSTA; DUARTE, 2001; LOBO, 2006; COSTA; LOBO, 2009; AMBAR, 2005, entre outros) já propuseram que ela ocupa, juntamente com o complementizador, uma estrutura cristalizada, embora não haja consenso a respeito da posição que ela ocupa. Assumiremos que a cópula das clivadas é que é a única que expressa verdadeira invariabilidade e defender que é que é a lexicalização do núcleo Foco, assumindo a estrutura articulada da periferia esquerda da sentença proposta por Rizzi (1997). Em suma, forneceremos evidências, com base na perspectiva e na metodologia cartográfica, de que a clivada canônica e a clivada é que compartilham a propriedade de focalizar os mesmos tipos de constituinte, mas diferem estruturalmente: apenas a canônica possui um verbo copular que projeta uma configuração argumental, correspondendo a uma estruturabioracional, independentemente das propriedades formais da cópula; a clivada é que, por sua vez, possui apenas um verbo, o lexical, já que a cópula é um elemento focalizador.</br>
dc.description.abstract Abstract : Based on the Generative Theory, this dissertation aims to investigate the formal properties of the cleft sentences, a type of syntactic construction used to focus constituents through the A-bar (A?) movement of the focus. The theoretical framework of our research is the Cartographic Program, a line of research that conceives the syntactic structures as complex, hierarchic and more articulated objects. From this perspective, we will propose an analysis for the features of the cleft structures involving agreement and tense and for their structure as well. The canonical cleft has the linear sequence ?copula-focus-complementizer-IP? and the copula agrees with the focus and converges with the subordinate verb in terms of tense. On the other hand, Brazilian Portuguese (BP) licenses clefts without such convergences. It is proposed in the literature that this is a clear case of gramaticalization (KATO, 2009, 2018; KATO; RIBEIRO, 2009). According to this perspective, the copula is not a verb, but an element designed to focus. We will argue, in contrast to this hypothesis, that this phenomenon results from variation, since there is no sufficient evidence to postulate that the verb is gramaticalized. Therefore, we will assume that the copula of the canonical clefts is a verb, even if it appears to be invariable. Another type of cleft sentence is the ?é que cleft?. This construction has the sequence ?focus-é que-IP? and the copula expresses invariability ? although Brazilian Portuguese also manifests variation in relation to this panorama, licensing cases with the copula in the past tense. Considering that the copula is invariable, many authors (COSTA; DUARTE, 2001; LOBO, 2006; COSTA; LOBO, 2009; AMBAR, 2005, among others) have proposed that it forms, along with the complementizer, a crystallized structure, but there is no consensus regarding the position that it occupies. We will assume that the copula of the é que-clefts is the only one that manifests invariability and will defend that é que is the lexicalization of Foco, assuming the articulated structure of the left periphery proposed by Rizzi (1997). In sum, we will provide evidences, through the cartographic perspective and the cartographic methodology, that the canonical cleft and the ?é que cleft? have the property of focusing the same types of syntactic constituents in common, but they differ structurally: only the canonical one has a copula verb, that projects an argument configuration, being a bi-clause, regardless of the formal properties of the copula; the ?é que cleft?, on the other hand, has only one verb, the lexical one, once the copula is a functional focus element. en
dc.format.extent 243 p.| il., color.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Linguística
dc.subject.classification Gramática comparada e geral
dc.subject.classification Gramática gerativa
dc.subject.classification Língua portuguesa
dc.title Foco e cartografia: aspectos formais das estruturas clivadas do português brasileiro
dc.type Tese (Doutorado)


Files in this item

Files Size Format View
PLLG0807-T.pdf 5.198Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar