Abstract:
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O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) realizou aproximadamente 242.073 atendimentos para suporte ao diagnóstico e tratamento de intoxicações, desde que iniciou suas atividades em 1984. No ano de 2018 foram 17.382 atendimentos, dos quais 16.628 (95,7 %) casos de exposição humana, 126 (0,7%) casos de exposição animal e 628 (3,6%) solicitações de informação, sem a existência de uma vítima exposta. Houve um aumento de 13,4% em relação aos atendimentos do ano de 2016. Além do atendimento dos casos foram realizados mais 34.607 acompanhamentos de casos até o encerramento e 34 atividades de educação ou orientação em grupo na comunidade ou para profissionais da saúde. O CIATox/SC recebeu 917 animais para identificação. Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos foram os Medicamentos (27,6%) seguidos pelos Animais Peçonhentos/Venenosos (27,1%). A maioria das solicitações foi proveniente do estado de Santa Catarina, sendo 25,5% da Macrorregião da Grande Florianópolis. Os meses quentes são os de maior ocorrência de atendimentos, principalmente em decorrência do aumento do número de casos de animais peçonhentos. A maior parte das solicitações foi realizada por profissionais da área da saúde (89,55%), principalmente médicos (78,31%) provenientes de Hospitais (61,60%), Unidades de Pronto Atendimento (18,61%) e Unidades Básicas de Saúde (5,79%). A ligação das residências foi em 8,68% dos casos. Nos casos humanos a exposição ocorreu principalmente nas residências (73,55%) em zona urbana (71,51%). A distribuição dos casos humanos por gênero é semelhante entre o gênero feminino (53,0%) e masculino (47,0%). Observa-se predominância das exposições na faixa etária das crianças de 1 a 4 anos (15,24%), nos adultos jovens de 20 a 29 anos (18,12%) e de 30 a 39 anos (14,77%). A principal circunstância de exposição foi acidental (52,21%), seguida das tentativas de suicídio (25,09%) e do acidente ocupacional (7,27%). A via oral foi a mais comum em 42,826% dos casos; seguida da mordida, picada ou contato com animais (39,52%). A maior parte das exposições humanas atendidas em 2018 foram aquelas que o paciente apresentou manifestações clínicas leves (53,19%). Ocorreram 76 óbitos em um total de 16.628 casos atendidos (0,46%). Destes, 61 casos (0,37%) foram óbitos relacionados à intoxicação e 15 casos (0,09%) foram óbitos por outra causa. Dos 61 óbitos decorrentes de intoxicação 16 foram causados por Agrotóxicos (26,23%), 13 por Medicamentos (21,31%), oito por Drogas de Abuso (13,11%), seis por Produtos Químicos Domissanitários (9,84%), seis por Animais Peçonhentos (9,84%), e 13 (21,313%) pela Associação de Grupos A circunstância mais frequente, nos casos que evoluíram a óbito, foi a tentativa de suicídio com 37 casos (60,66%). Na distribuição dos casos de óbitos de acordo com o gênero houve predominância do gênero masculino com 33 casos (54,10%) e 28 casos feminino (45,90%). A faixa etária de maior ocorrência foi de 50 a 59 anos (16 casos). |