Modo de variabilidade climática Atlântico Niño

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Title: Modo de variabilidade climática Atlântico Niño
Author: Franco, Diego Augusto Santos
Abstract: A variabilidade do Atlântico equatorial afeta o clima da América do Sul e África. As anomalias observadas nos padrões de ventos e na temperatura da superfície do mar (TSM) no oceano Atlântico equatorial, correlacionam-se a ocorrência de eventos como ciclones tropicais, secas ou enchentes e também a ondas de calor marinhas. O Atlântico Niño é o análogo do fenômeno El Niño – Oscilação Sul (ENSO) no Pacífico Tropical. O Atlântico Niño é o principal modo de variabilidade climática no Atlântico Tropical e está associado a anomalias de TSM e ventos zonais superficiais próximos ao equador, com pico durante os meses do inverno austral. Estudos recentes mostraram que o ENSO apresentou alterações em seu comportamento entre os períodos de 1982-1999 e 2000-2014, associadas à mudança na fase da Oscilação Interdecadal do Pacífico (IPO) de positivo para negativo nos anos 2000. Uma vez que o Atlântico Tropical sofre fortemente a influência do ENSO, este trabalho tem como objetivo investigar se o comportamento do Atlântico Niño também sofreu alterações entre esses dois períodos. Mais especificamente, histogramas de distribuição de TSM medida na região do índice ATL3 (3°N–3°S; 20°W–0°E) e do vento zonal no Atlântico equatorial oeste (10°S–5°N; 35°W–0°E), bem como seus momentos estatísticos de maior ordem (assimetria e curtose), foram analisados para o período de 1982-2014 e comparados com aqueles do ENSO. Os resultados obtidos mostram que houve uma diminuição de eventos positivos (quentes) de Atlântico Niño nos anos 2000-2014, enquanto os eventos negativos (frios) de Atlântico Niña ficaram mais frequentes. Estes resultados são similares àqueles para o ENSO. Durante a fase negativa do IPO (2000-2014), há uma intensificação dos ventos alísios que propiciam o desenvolvimento de eventos de Atlântico Niña e La Niña no Pacífico. Durante a fase positiva do IPO (1982-1999), a situação é oposta em ambas bacias oceânicas. Entretanto, a bimodalidade na estrutura dos histogramas de TSM é menos evidente para o Atlântico, em comparação com o Pacífico. Além disso, a forte bimodalidade do Pacífico está associada a eventos extremos de El Niño causadas por rajadas de vento de oeste. Não há a ocorrência de eventos extremos de Atlântico Niño, pois não foram observadas rajadas de vento de oeste no Atlântico. Portanto, o modo Atlântico Niño é mais simétrico que o ENSO. Essas diferenças também podem estar associadas ao fato de que no Atlântico outros processos, como reflexão de ondas de Rossby e Kelvin e advecção de calor de outras áreas, são importantes, além da retroalimentação de Bjerknes. No Pacífico, a retroalimentação de Bjerknes domina e o acoplamento do vento com a TSM é mais forte.
Description: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Oceanografia
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/209859
Date: 2020-06-19


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