A cidade das meninas invisíveis: cartografias de gênero nos espaços públicos livres da cidade de Florianópolis/SC

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A cidade das meninas invisíveis: cartografias de gênero nos espaços públicos livres da cidade de Florianópolis/SC

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Title: A cidade das meninas invisíveis: cartografias de gênero nos espaços públicos livres da cidade de Florianópolis/SC
Author: Donin Neto, Adriano
Abstract: A Cidade é um espaço não formal de educação para as crianças. O lazer urbano e as práticas lúdicas são ferramentas do desenvolvimento crítico e de humanização e são direitos que devem ser contemplados na política pública urbana. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar os modos de uso dos Espaços Públicos Livres pelas crianças na cidade de Florianópolis/SC, relacionando aspectos de gênero e idade. A pesquisa utilizou-se do método cartográfico, uma metodologia baseada na ideia da prática geográfica de acompanhamento de processos em curso. Os dados foram obtidos a partir dos diários de campo compostos no deslocamento do pesquisador pela cidade. Foram observados um total de 81 equipamentos de lazer para a infância espalhados por 19 Bairros da Cidade e contabilizadas 210 crianças e adolescentes com idade entre 0 a 18 anos. No que tange o gênero, 147 (70%) eram do gênero Masculino e 63 (30%) do gênero Feminino. Considerando menor índice da presença de meninas nos Espaços Públicos de Lazer foi feita uma distinção de gênero por faixa etária para saber se esta proporção permanecia. Na faixa etária de 0 a 6 anos, num total de 69 crianças, 38 (55,1%) eram do gênero Feminino e 31 (44,9%) do gênero Masculino. Entre 6 e 12 anos, num total de 67 crianças, apenas 12 (17,9%) eram do gênero Feminino enquanto 55 (82,1%) eram do gênero Masculino. Já na faixa etária de 12 a 18 anos, num total de 74 adolescentes, apenas 13 (17,6%) eram do gênero Feminino, e 61 (82,4%) do gênero Masculino. A invisibilidade e baixa presença das meninas nesses locais, na presente pesquisa, parecem ser marcas da opressão de gênero. Concluiu-se que a intersecção do gênero (feminino) e geracional (crianças e adolescentes), pode ser suficiente para a perda desse direito de lazer em espaços públicos. Tendo isso em vista, é preciso pensar em estratégias de políticas públicas que considerem essa particularidade.Abstract : The city is a non-formal place of education for children. Urban leisure and recreational practices are tools for critical development and humanization and are rights that should be contemplated in urban public policy. Thus, the present study aimed to caracterize the uses of Public Open Spaces by children in the city of Florianópolis/SC, by gender and age. The research used the cartographic method, a methodology based on the idea of geographical practices for monitoring ongoing processes. Data was obtained from the field journals that registered the researcher's movement around the city. A total of 81 recreational equipments for childhood were observed in 19 neighborhoods of the city and 210 children and teenagers aged 0 to 18 years were counted. Regarding the gender, 147 (70%) were male and 63 (30%) were female. Considering a lower presence of girls in the Public Open Spaces, a gender distinction was made by age group to determine if this proportion remained. In the age group 0-6 years, from a total of 69 children, 38 (55.1%) were female and 31 (44.9%) were male. Between 6 and 12 years of age, from a total of 67 children, only 12 (17.9%) were female while 55 (82.1%) were male. In the age group of 12 to 18 years, from a total of 74 adolescents, only 13 (17.6%) were female and 61 (82.4%) were male. The invisibility and low presence of the girls in these places, in this research, seemed to result from gender oppression. It was concluded that the intersection of gender (feminine) and generation (children and adolescents), can be determinant for the loss of the right of leisure and occupying Public Open Spaces. It is necessary to formulate public policy s strategies that consider this particularity.
Description: Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2018.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205094
Date: 2018


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