|
Abstract:
|
Ao longo dos anos o planeta vem sofrendo imensuráveis perdas decorrentes de desastres adversos, afetando cerca de 193 milhões de pessoas por ano, conforme estudo realizado pelo Centre of Research on the Epidemology of Disasters (CRED) da Universidade UCLouvain, em Bruxelas. Segundo o United Nations Office for Disaster Risk Reduction somente os desastres de início súbito, como enchentes e ciclones, resultam em cerca de 14 milhões de desabrigados e desalojados a cada ano, incluindo aqueles que deixam suas casas por prevenção.
A capacidade de resiliência de uma comunidade afetada por um desastre é fundamental não só para a reestruturação socioeconômica e psicossocial do grupo, como também para a prevenção e redução de riscos em eventos futuros. No Brasil, entre os anos de 1995 e 2014, os desastres naturais deixaram um saldo de mais de 185 mil habitações destruídas e um número superior à 1.800.000 em unidades danificadas (CEPED UFSC, 2016). Existem diversos estudos e propostas de abrigos que visam alojar temporariamente essas famílias atingidas ao longo do processo de reconstrução da moradia permanente. Apesar de serem projetados para suprir essa necessidade durante um período curto, 50% desses alojamentos duram mais de cinco anos (ANDERS, 2007) e, em alguns casos, assumem caráter definitivo de maneira indevida e ineficiente. A execução de planos de gerenciamento habitacional brasileiros para esses casos ainda é precária e tardia. Geralmente, o abrigamento é feito através de aluguel social, hotéis ou em casa de parentes e amigos. A espera da habitação permanente acaba se tornando demorada, burocrática, desestimulante e custosa para as famílias.
Diante disso este trabalho tem como objetivo propor um projeto de habitação social unifamiliar permanente pós-desastre modular e adaptável, de forma a respeitar as necessidade dos moradores. Para tal resultado, a metodologia aplicada consiste no estudo de bibliografias relacionada à desastres, abrigos emergenciais, habitações temporárias, habitações sociais e outros. |
