Avaliação da potencial modulação da ativação microglial pelo eixo PERK da via UPR pela proteína TAT do HIV

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Avaliação da potencial modulação da ativação microglial pelo eixo PERK da via UPR pela proteína TAT do HIV

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Título: Avaliação da potencial modulação da ativação microglial pelo eixo PERK da via UPR pela proteína TAT do HIV
Autor: Américo, Monique Ferrary
Resumo: Na infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), o processo neurodegenerativo e seus consequentes prejuízos cognitivos, categorizados como HIV-Associated Neurocognitve Disorders (HAND), se destacam como um aspecto relevante. Um dos pontos consensuais sobre a patogênese da neurodegeneração associada ao HIV é a ativação microglial resultante da liberação de uma série de fatores neurotóxicos direta e indiretamente pela população de células do Sistema Nervoso Central. No entanto, nos quadros de neurodegeneração, a micróglia também apresenta um fenótipo alternativo caracterizado pela síntese de mediadores de resolução de inflamação. Paralelamente, em uma infecção viral de sucesso, grandes quantidades de proteínas são sintetizadas pelo Retículo Endoplasmático, gerando estresse. Assim, as células possuem um mecanismo de resposta a esse estresse, denominado via UPR (Unfolded Protein Response), que possui três braços que podem atuar sinergisticamente na resolução do estresse do RE: IRE1, PERK e ATF6. O eixo PERK é deflagrado pela proteína sensora do acúmulo de proteínas que inicia uma cascata de sinalização, resultando na inibição traducional, e por ser tempo-dependente, caso o estresse não seja resolvido, há transcrição de genes que iniciarão apoptose. Sabe-se que há modulação da via UPR na infecção pelo HIV e um dos fatores envolvidos tanto na modulação da via quanto na ativação microglial observada é a proteína de transativação viral (TAT). A proteína TAT tem um papel na replicação viral, sendo responsável pela transcrição do material genético, mas também pode ser secretada e adentrar outros tipos celulares. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a potencial modulação do eixo PERK da via UPR na polarização M1/M2 causada pela proteína TAT do HIV-1 em células microgliais in vitro. Para tanto, empregou-se um sistema procarioto de expressão da proteína e uma estratégia de purificação utilizando colunas de cromatografia por afinidade. Células de linhagem microglial BV-2 foram estimuladas com a proteína TAT recombinante para avaliação de diferentes marcadores. Foram detectados níveis significantes das citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-6 e MCP-1 e de NO, corroborando os dados encontrados na análise transcricional de iNOs, o qual atingiu valores significativos, enquanto que níveis de Arg-1 não foram significativos. Em adição, TAT induziu a expressão do marcador CD16/32. A inibição do eixo PERK revelou atenuação em nos marcadores M1 induzidos pela proteína TAT. Em conjunto, os dados apresentados indicam que a proteína TAT do HIV-1 leva células microgliais à ativação clássica (M1), tendo o eixo PERK da via UPR um papel na modulação desta ativação, podendo ser futuramente alvo de investigações visando seu bloqueio e consequente atenuação da inflamação.
Descrição: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/204376
Data: 2019-11-27


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