Estudo Comparativo das Principais Causas de Morte Entre Brasil e Portugal no Ano de 2017

Abstract

Introdução: As características ambientais, étnicas e costumeiras numa população influencia diretamente a prevalência dos óbitos. A correta coleta de dados guia as medidas tomadas sobre os fatores de risco. Objetivos: Relacionar a influência dos padrões comportamentais e ecológicos, de cada população, com as causas de óbito, com a meta da prevenção de novos casos. Métodos: Estudo transversal e ecológico dos óbitos ocorridos no Brasil e em Portugal, obtidos através dos órgãos responsáveis: DATASUS e PORDATA, respectivamente. Foram explorados os fatores influenciadores da prevalência, através de estudos analíticos dos determinantes de morte e a interferência dos atributos individuais na saúde pública. Utilizou-se dados estatísticos desenvolvidos pelo IBGE, The World Bank e INE, combinados aos resultados das informações de saúde desses países. Resultados: As DCV foram o maior grupo de mortalidade em ambos, com 27,3% e 29,3%, seguidas pelas Neoplasias, representando 16,8% e 25% no Brasil e em Portugal, respectivamente. As causas externas, terceira causa no Brasil, com 12%, enquanto Portugal teve apenas 4,8%. Doenças respiratórias tiveram grande impacto em Portugal, sendo 11,7% das mortes, enquanto no Brasil foram 11,8%. Em seguida, as Doenças Endócrinas têm a taxa de morte de 6,06% e 3,8%, Doenças Digestivas com 5,03% e 4,5% e Doenças Infecciosas mostrou 4,18% e 1,9%, no Brasil e em Portugal, respectivamente. O Brasil ainda apresentou 5,47% das mortes com “causa desconhecida”. Conclusões: Fatores socioeconômicos e ambientais mostraram influência na mortalidade. Os parâmetros analisados demonstraram uma coleta de dados inadequada no âmbito brasileiro, o que impede uma melhor intervenção por meio de políticas públicas. Palavras-chave: Causas de morte, Brasil, Portugal, Comparativo.

Background: Environmental, ethnics and customary features of a population has direct influence on population’s death prevalence. The correct data collect guides the measures taken on risk factors. Objective: Define the relation of the behavorial and ecologic patterns of each population, and the death causes, with a goal of prevention of new cases. Methods: Ecologic and transversal study of deaths occurred in Brazil and Portugal, obtained through the responsible agencies: DATASUS and PORDATA, respectively. Influencing factors has been exploited through analytical of death determinants and the interference of the individual attributes on public health. Statistic data developed by IBGE, The World Bank and INE has been used, combined to these countries health information results. Results: The CVD was the bigger death group in both countries, with 27,3% in Brazil and 29,3% in Portugal, followed by Neoplasms, representing 16,8% e 25%. Third cause in Brazil, the external causes had 12%, however it was only 4,8% in Portugal. Respiratory diseases had great impact in Portugal, with 11,7% of total deaths, while in Brazil was 11,8%. Then endocrine diseases, with death rate of 6,06% and 3,8%, Digestive Diseases with 5,03% and 4,5% and infeccious diseases had 4,18% and 1,9%, in Brazil and Portugal, respectively. Brazil still had 5,47% “unknown etiology” deaths. Conclusions: Environmental and socioeconomic factors showed influence on mortality. The analyzed parameters prove an inadequate data collection in Brazilian scope, which stops a better intervention through public policies. Keywords: Cause of death, Brazil, Portugal, Comparative.