Variação espaço-temporal da pesca artesanal da tainha Mugil liza por cerco de praia em Santa Catarina.

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Variação espaço-temporal da pesca artesanal da tainha Mugil liza por cerco de praia em Santa Catarina.

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Título: Variação espaço-temporal da pesca artesanal da tainha Mugil liza por cerco de praia em Santa Catarina.
Autor: Giovanella, Aline
Resumo: A pesca da tainha (Mugil liza) faz parte da tradição de inúmeras comunidades pesqueiras no litoral de Santa Catarina, tendo grande importância histórica e econômica ao longo do estado. Porém, a espécie foi declarada em estado de sobrexplotação em 2004, sendo determinada a execução de um plano de manejo para a pesca da tainha. Desde então, a ausência de dados de desembarque na pesca artesanal e industrial representa o maior desafio no manejo dessa pesca. Por isso, é importante buscar novas e alternativas fontes de informação que possam auxiliar na manutenção do estoque e na avaliação de potenciais mudanças na dinâmica da pesca. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é a coleta de dados já existentes na mídia impressa local para avaliar tendências espaço-temporais nos lances de tainha por pesca de cerco de praia ao longo do litoral catarinense. Através da leitura dinâmica dos jornais impressos, disponíveis na Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, foram encontradas 428 notícias e reportagens sobre a tainha entre 1986 e 2016. Dessas, 119 apresentaram informações de local, data e captura por lance. Modelos lineares generalizados foram ajustados aos dados para testar tendências espaço-temporais ao longo dos 31 anos pesquisados. Não há tendência temporal de deslocamento dos registros latitudinalmente. A ausência de tendência pode ser resultado de múltiplos fatores, como da possível flutuação do estoque de tainhas, da dinâmica da pesca de praia, ou da grande variação nos dados. Outra explicação para tal variação nos dados pode ser a própria fonte da informação, já que o interesse da mídia impressa na pesca da tainha pode variar ao longo do tempo e parte dos lances não são reportados. Ainda assim, os dados sugerem uma diminuição no período das temporadas de pesca da tainha a partir de 2003, que anteriormente se estendia entre abril e julho, com lances reportados apenas nos meses de maio e junho. Esse fator pode estar relacionado a diminuição da abundância ou até mesmo às alterações nos padrões de migração devido às mudanças climáticas. Embora os resultados não apresentem tendências significativas, demostram a necessidade da implementação de uma coleta de dados contínua e sistematizada para que o manejo da pesca seja efetivo.
Descrição: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Cinências Físicas e Matemáticas.Oceanografia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/203232
Data: 2019-11-13


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