Abstract:
|
A região do centro de Florianópolis ao leste da praça XV, conhecida como Pedreira, teve sua história marcada pela extração das rochas para as construções da cidade e pelo convívio entre diferentes classes sociais. Hoje, a região é rica em patrimônio arquitetônico e cultural, diversidade de usuários e é palco de atividades de caráter popular. Por outro lado, Florianópolis segue para ser uma cidade tecnológica, criando oportunidades de trabalho e crescimento na área, porém a oferta de qualificação gratuita é bastante limitada. Foram realizados levantamentos onde verificou-se que no bairro Centro, hoje, existem 35 instituições de ensino (fundamental, médio, técnico e superior), sendo 10 públicas e 25 privadas, e apenas uma instituição oferece cursos gratuitos voltados à tecnologia.
Nesse contexto e através do entendimento da situação atual e do passado da Pedreira, busca-se um projeto que possa caminhar para o futuro, sem perder a identidade do local e a função social da arquitetura. Tendo a educação e qualificação como ferramenta de mobilidade social, o projeto é voltado para aprendizagem em tecnologia. O programa de atividades se baseia em 4 eixos: Aprender, Produzir, Expressar e Socializar. As atividades relacionadas ao “Aprender” compreendem os cursos e oficinas, e como apoio, são propostos os espaços de estudo. No eixo “Produzir”, os alunos poderão criar e desenvolver suas ideias e negócios, em uma incubadora social e no laboratório de fabricação digital e analógica. As áreas de "Expressar "e "Socializar" servem para a troca de ideias e contato entre diferentes pessoas, oferecendo ambientes para expor as ideias dos estudantes e espaços públicos para apropriação da comunidade. Os usos e espaços se relacionam com as instituições já atuantes na área, como o Renapsi (Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração) e o IEE (Instituto Estadual de Educação), como forma de garantir a apropriação do público alvo desejado. Além disso, busca-se realizar um projeto em que a arquitetura seja consciente às condicionantes ambientais do local de implantação e que valorize as estratégias passivas de conforto ambiental, como ventilação e iluminação natural. |