ATENDIMENTO PSICOEDUCACIONAL A CRIANÇAS DE ESCOLARIZAÇÃO E TDAH

Abstract

O presente trabalho consiste em um relato de experiência das intervenções as queixas escolares relacionadas ao diagnóstico TDAH, oriunda de um projeto de extensão, que tem como fundamento os pressupostos teóricos da Psicologia Histórico-Cultural. Dessa perspectiva, as queixas são compreendidas para além do biologicismo, compreendendo todos os determinantes sociais, culturais e pedagógicos que a compõem. Nossas intervenções partem da zona de desenvolvimento real a qual a criança se encontra, vislumbrando a zona de desenvolvimento iminente, visando por meio de atividades mediadas e intencionais promover o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. As queixas são recebidas pela Unidade de Psicologia Aplicada (UPA) e encaminhadas para entrevista, instrumento utilizado para a seleção dos casos pertinentes aos objetivos do projeto. No decorrer do ano de 2018 atendemos dois grupos os quais mantivemos as crianças do ano anterior, e neste ano de 2019 estamos compondo um novo grupo, visto que a maioria das crianças foram desligadas do projeto por terem alcançado avanços significativos nas questões escolares. Para as atividades iniciais de constituição de grupo e identificação das queixas realizamos atividades dirigidas o que incluiu atividades dirigidas a compreensão das dificuldades de alfabetização e desenvolvimento da linguagem oral e escrita, como também dificuldades no pensamento lógico matemático e as possibilidades de aprendizagem. Como objetivos, buscamos trabalhar as questões diferenciais do trabalho com grupo, conhecer as relações que permeiam a construção da queixa escolar e trabalhá- las através da utilização de jogos e atividades referentes às dificuldades trazidas pelas crianças. Como fim, buscamos a superação da patologização do não aprender e da medicalização desnecessária, mas recorrente em contexto escolar. Por meio de espaços como este de intervenção, acreditamos ser possível o desenvolvimento de potencialidades, para que as crianças sejam capazes de ressignificar suas histórias e ser autoras de suas próprias vidas.