Efeito do consumo de maça nos marcadores de estresse oxidativo e nas concentrações séricas de potássio: estudo de intervenção em pacientes submetidos à hemodiálise

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Efeito do consumo de maça nos marcadores de estresse oxidativo e nas concentrações séricas de potássio: estudo de intervenção em pacientes submetidos à hemodiálise

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Título: Efeito do consumo de maça nos marcadores de estresse oxidativo e nas concentrações séricas de potássio: estudo de intervenção em pacientes submetidos à hemodiálise
Autor: Giaretta, Andréia Gonçalves
Resumo: Introdução: O estresse oxidativo (EO) é associado ao aumento da morbidade e mortalidade em pacientes submetidos à hemodiálise (HD). A ingestão de alimentos antioxidantes é uma alternativa promissora para se diminuir os danos celulares oxidativos. A maçã (Malus domestica Borkh) é uma fonte de nutrientes e compostos polifenólicos. Efeitos antioxidantes com o consumo de maçã, foram relatados em intervenções com indivíduos saudáveis, resultando em aumento das defesas antioxidantes e diminuição dos marcadores de EO. Objetivo: Avaliar os efeitos do consumo de maçã, na forma de suco e in natura, da variedade Fuji, nos marcadores antioxidantes e oxidantes, parâmetros bioquímicos e tolerância em pacientes submetidos à HD. Método: O estudo caracterizou-se como de intervenção, do tipo antes e depois, sendo dividido em dois ensaios. No primeiro ensaio, 6 pacientes adultos, consumiram agudamente, após a sessão de diálise, 300 e 150 mL de suco de maçã (SM), em dois dias diferentes, separados por um período de 3 semanas. Amostras de sangue foram coletadas nos períodos baseline, 30 minutos e 60 minutos após o consumo de SM. Foram quantificados os marcadores antioxidantes, capacidade antioxidante total (CAOT), ácido ascórbico (AA), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), superóxido dismutase (SOD) e glutationa reduzida; os marcadores oxidativos, estado oxidante total (EOT) e índice de estresse oxidativo (IEO) e os parâmetros bioquímicos, potássio, ácido úrico e glicose. No segundo ensaio, 16 pacientes adultos consumiram diariamente, após a sessão de diálise, duas unidades de maçã (~360g), durante 7 dias. As amostras de sangue foram coletadas no baseline e no 8° dia após o consumo da maçã. Foram quantificados os marcadores do primeiro ensaio, acrescido dos marcadores frutosamina e fósforo. Além disto, nos dois ensaios do estudo, a fim de observar a tolerância ao consumo da maçã, os participantes foram questionados sobre a presença de efeitos colaterais. Resultados: Comparado ao baseline, o consumo de 300 mL de SM aumentou as concentrações de ácido ascórbico (p = 0,001) e da atividade eritrocitária da enzima SOD (p = 0,015). Os níveis de ácido úrico (p = 0,003) e de potássio (p = 0,004) também aumentaram. Ambas doses de SM, não inibiram o aumento significativo das concentrações do EOT (p = 0,048; 300 mL) e os valores do IEO (p = 0,012; 150 mL). No segundo ensaio, consumo de maçã aumentou a atividade eritrocitária das enzimas GPx (p = 0,002) e SOD (p = 0,012); assim como as concentrações de AA (p = 0,001). Os níveis séricos de potássio, fósforo, ácido úrico, glicose e frutosamina aumentaram, porém sem significância estatística. Adicionalmente, houve diminuição na atividade da enzima CAT (p = 0,007), nos valores da CAOT (p = 0,001), aumento nas concentrações do EOT (p = 0,002) e IEO (p = 0,007). Conclusão: Nos dois ensaios do estudo, o consumo de maçã Fuji foi tolerado e melhorou o estado antioxidante em pacientes submetidos à HD. Apesar das intervenções não extrapolarem os limites de referência para a população submetida à hemodiálise, a maçã demonstrou menor alteração nas concentrações séricas de potássio quando comparada ao suco.Abstract : Introduction: Oxidative stress (OS) is associated to increased morbidity and mortality rates in hemodialysis (HD) patients. The consumption of antioxidant foods is a promising alternative to decrease oxidative cell damage. Apple (Malus domestica Borkh) is considered a source of nutrients and polyphenolic components. Antioxidant effects of apple consumption have been reported in interventions with healthy individuals, resulting in increased antioxidant defense and decreased OS markers. Objective: To evaluate the effects of apple consumption, both in natura and in juice, on antioxidant and oxidant markers, biochemical parameters, and tolerance in HD patients. The apple variety chosen was Fuji. Method: This was a before-after intervention study divided into two stages. In the first stage, six adult patients acutely consumed, after the dialysis session, 300 and 150 mL of apple juice (AJ) on two different days, separated by a washout of 3 weeks. Blood samples were collected at baseline periods, 30 minutes and 60 minutes after AJ consumption. The following antioxidant markers were analyzed: total antioxidant capacity (TAC), ascorbic acid (AA), catalase (CAT), glutathione peroxidase (GPx), superoxide dismutase (SOD), and reduced glutathione; the oxidant markers total oxidant status (TOS), and oxidative stress index (OSI); and the biochemical parameters potassium, uric acid, and glucose. In the second stage, 16 adult patients consumed daily two units of apple (~360g) after the dialysis session during 7 days. Blood samples were collected at baseline and on the 8th day after apple consumption. First stage markers, as well as fructosamine and phosphorus, were quantified. Moreover, in both stages, in order to identify tolerance to apple consumption, participants were questioned about side effects. Results: Compared to baseline, the intake of 300 mL of AJ increased ascorbic acid concentrations (p = .001) and erythrocyte SOD enzyme activity (p = .015). Uric acid (p = .003) and potassium (p = .004) levels also increased. Both doses of AJ did not inhibit the significant increase of TOS concentrations (p = .048; 300 mL) and OSI values (p = .012; 150 mL). In the second stage, apple consumption increased erythrocyte GPx (p = .002) and SOD (p = .012) enzymes activity, as well as AA concentrations (p = .001). Potassium, phosphorus, uric acid, glucose, and fructosamine serum levels increased but with no statistical relevance. Furthermore, a decrease in CAT enzyme activity (p = .007) and TAC values (p = .001) was identified, as well as an increase in TOS (p = .002) and OSI (p = .007) concentrations. Conclusion: In both stages of the study, the consumption of Fuji apple was tolerated and improved HD patients' antioxidant status. Neither intervention extrapolated reference limits for the hemodialysis population, but apple consumption has demonstrated less alteration in serum potassium levels in comparison to apple juice.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2018.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198403
Data: 2018


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