O consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez: uma revisão integrativa

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O consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez: uma revisão integrativa

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Título: O consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez: uma revisão integrativa
Autor: Amorim, Marina Veiga da Silva
Resumo: Introdução : O álcool é um agente teratogênico e, quando consumido durante a gestação, pode ocasionar danos ao embrião ou ao feto em desenvolvimento, levando a alterações funcionais, malformações e, até mesmo, resultar em aborto. Entre as causas que levam a ingestão de bebidas alcoólicas durante a gestação temos a falta de conhecimento da gravidez, principalmente no primeiro trimestre, a falta de conscientização sobre o tema e a falta de assistência adequada no pré-natal. Para detecção do consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode-se utilizar aplicação de questionários, com intuito de medir a quantidade, frequência, intensidade e padrão de consumo da bebida alcoólica. Objetivos: Apresentar as ferramentas do tipo questionário, usadas para detectar o consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez. E realizar um levantamento das pesquisas científicas publicadas, identificando as abordagens e metodologias que diferem do que já se utiliza no Brasil. Metodologia: A coleta de dados para a realização da revisão integrativa se deu através de busca sistemática na literatura utilizando o método SSF-Systematic Search Flow. A busca rastreou artigos originais publicados nos últimos 5 anos (2013-2018) e foi realizada nas bases de dados Pubmed, Medline e Web of Science, através dos seguintes descritores: “(Pregnancy OR pregnant OR gravid) AND (questionnaires OR instruments) AND (identify problem drinking OR alcohol consumption) AND (human) NOT(review)”. Resultados: A busca resultou em 746 artigos, e após utilizar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados e incluídos 50 artigos. Os artigos tiveram uma distribuição geográfica mundial, contemplando o Oeste Europeu (47%), América do Norte(19%), América do Sul (8%), África (10%), Leste Europeu (6%), Ásia(6%) e Oceania (4%). Dentre os artigos analisados, 34% não sugeriram nem realizaram nenhuma forma de intervenção. . A maior parte dos estudos utilizou questionários de autoria própria (n=29). Em seguida o mais utilizado foi o AUDIT e sua variação AUDIT-C (n=11). Artigos com a associação de mais de um questionário (n=6). Dentre os questionários menos utilizados temos o T-ACE (n=2), o CAGE (n=1) e o ASSIT-lite (n=1). Além disso, dos 60% dos artigos que abordaram o consumo de outras drogas além do álcool, um total de 42% avaliaram somente o uso de tabaco e 18% abordaram, além do tabaco, também o uso de drogas ilícitas. Algumas publicações realizaram formas de identificação do consumo de álcool além do questionário, utilizaram-se de análises de metabólitos diretos do etanol no mecônio, exames de urina, biomarcadores na placenta e no cabelo. Os artigos se diferenciaram no período realizado, apresentando ou não, dados do recém-nascido. Alguns estudos incluíram a investigação do consumo de bebidas alcoólicas pelos parceiros das gestantes. As pesquisas realizadas fora de hospitais e clínicas, foram abordadas por telefone, correio, visita domiciliar, questionário online, escolas e locais de venda de bebidas alcoólicas. Conclusão: A partir dos conhecimentos gerados através desta revisão, se espera uma reflexão sobre as diversas metodologias e abordagens existentes atualmente, no Brasil e no mundo , sobre o consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação, com o intuito de inovar e/ou replicar futuros estudos focando na população brasileira. Outro ponto a ser considerado é que intervenções devem ser parte indispensável de pesquisas, pois tem o propósito a melhoria do bem estar social e proporciona maior qualidade de vida para a população diretamente afetada,visto que as entrevistas podem ser uma oportunidade de conversar e informar sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação.Introduction : The alcohol, as a teratogenic agent, is capable of damaging the embryo or fetus during pregnancy, leading to altered functions, malformations and even abortion. Among the causes for alcohol ingestion during pregnancy, especially during the first quarter, are the lack of awareness and proper assistance during the early stages of pregnancy. Therefore, in order to detect alcohol consumption among pregnant women, the use of questionnaires to measure quantity, frequency and pattern of alcohol intake is advised. Objectives: To present the questionnaire tools used to detect drinking during pregnancy. To conduct a review of published scientific research, identifying approaches and methodologies that differ from what is already used in Brazil. Methodology: Data collection for the realization of an integrative review was done through a systematic search in the literature using the SSF-Systematic Search Flow method. The search tracked original articles published in the last 5 years (2013-2018) and was performed in Pubmed, Medline and Web of Science databases, using the following descriptors: "(Pregnancy OR pregnant OR) AND (questionnaires OR instruments) AND (identify problem drinking OR alcohol consumption) AND (human) NOT (review) ". Results: The search resulted in 746 articles and after using previously defined inclusion and exclusion criteria, 50 articles were selected. The articles were geographically distributed worldwide, with 47% in Western Europe, 19% in North America, 8% in South America, 10% in Africa, 6% in Eastern Europe (along with Asia) and 4% in Oceania. Among the articles analyzed, 34% did not suggest or perform any form of intervention. Most of the studies used were self-written questionnaires (n = 29). Then the most used was the AUDIT and its AUDIT-C variation (n = 11). Articles with the association of more than one questionnaire (n = 6). Among the least used questionnaires we have T-ACE (n = 2), CAGE (n = 1) and ASSIT-lite (n = 1). In addition, of the 60% of the articles that addressed the consumption of drugs other than alcohol, a total of 42% evaluated only tobacco use and 18% addressed, in addition to tobacco, the use of illicit drugs. Some publications carried out forms of identification of alcohol consumption in addition to the questionnaire; direct metabolites of ethanol in meconium, urine tests, and placenta and hair biomarkers were used. The articles differed in the period performed, presenting or not, data of the newborn. Some studies have included the investigation of alcohol consumption by partners of pregnant women. Surveys carried out outside hospitals and clinics were approached by telephone, mail, home visit, online questionnaire, schools and places of sale of alcoholic beverages. Conclusion: Based on the knowledge generated through this review, it is expected to reflect on the different methodologies and approaches currently available in Brazil and worldwide on the consumption of alcoholic drinks during pregnancy, with the aim of innovating and / or replicating future studies focusing on in the Brazilian population. Another point to be considered is that interventions should be an indispensable part of research, as it has the purpose of improving social well-being and provides a better quality of life for the directly affected population, since the interviews can be an opportunity to talk and report on the risks of consuming alcoholic beverages during pregnancy.
Descrição: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193290
Data: 2018-11-30


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