Violência contra a pessoa idosa: estudo de base populacional em Florianópolis-SC

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Violência contra a pessoa idosa: estudo de base populacional em Florianópolis-SC

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Coelho, Elza Berger Salema
dc.contributor.author Bolsoni, Carolina Carvalho
dc.date.accessioned 2018-08-01T04:03:55Z
dc.date.available 2018-08-01T04:03:55Z
dc.date.issued 2017
dc.identifier.other 352348
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188760
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2017.
dc.description.abstract O Brasil está passando por um rápido processo de envelhecimento. Em 2070, a estimativa e´ que a proporção da população idosa brasileira (acima de 35,0%) seja superior ao indicador para os países desenvolvidos. Porém, essa medida possui um contraponto a esta realidade onde o suporte para essa nova condição não evolui com a mesma velocidade. Podemos mencionar a violência contra o idoso, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um ato de agressão ou omissão, podendo ser intencional ou involuntário, de natureza física, sexual, psicológica, econômica, institucional, abandono/negligência e autonegligência. As prevalências de violência variam de 1,8% até 60%, dependendo de local, cultura e instrumentos utilizados para estimar sua ocorrência. As agressões existentes contextualizam diversos aspectos que se qualificam em violência social e familiar. A doméstica é aquela praticada no ambiente familiar por parentes ou cuidadores. Esta será foco de análise dessa tese, que tem como objetivo investigar a prevalência de violência contra a pessoa idosa e estimar a associação entre características demográficas, socioeconômicas, cuidadores e condições de saúde nos idosos residentes em Florianópolis, Santa Catarina. A população de referência do estudo constitui-se por pessoas idosas a partir de 60 anos, na faixa etária de idade completos no ano da pesquisa, de ambos os sexos e residentes na zona urbana do município. Realizou-se estudo transversal, com amostra representativa dessa população, selecionada em dois estágios (setor censitário e domicílio). A variável desfecho é violência, investigada por meio da adaptação transcultural do instrumento Hwalek-Sengstock Elder abuse Screening Test (H-S/EAST). As variáveis demográficas e socioeconômicas foram: sexo, idade, raça, escolaridade, estado civil, renda familiar, trabalho e número de pessoas que dependem da sua renda. Concomitantemente, foram investigados capacidade funcional, estado cognitivo e se os idosos eram acamados. Do mesmo modo foram realizadas perguntas para verificar sua participação em grupos de convivência e quem era o cuidador principal, assim como a quantidade de pessoas que coabitavam com as pessoas idosas. A avaliação dos sintomas depressivos foi mensurada a partir da Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e investigaram-se 13 morbidades autorreferidas. As associações entre a violência e os fatores associados foram testadas através de regressão logística. Neste estudo, foram realizadas 1.197 entrevistas, 57 excluídas por terem sido respondidas por informantes, resultando em 1.140 como foco de análise. Encontrou-se alta prevalência de violência (25,7%); entre idosos de 60-74 anos esse percentual é de 29,5%, e 75 anos ou mais, 20,3%, quando analisada para homens (27,9%) e mulheres (24,4%). Nos idosos com idade entre 60 e 74 anos, apenas o fator número de pessoas que dependem da renda mostrou-se associado à violência, e nos idosos com mais de 75 anos, na análise bivariada e multivariável, o número de pessoas que dependem da sua renda, cor da pele parda/preta, não trabalhar, condições de saúde (estado cognitivo e capacidade funcional) e possuir cuidador estiveram associados a maior chance de sofrer violência. Na análise multivariável dentre todas as variáveis relacionadas às condições de saúde, a suspeita de sintomas depressivos permaneceu associada à violência aumentando a chance em 280% para as mulheres e 190% para os homens, mostrando-se condição importante a ser considerada quando estudamos violência contra a pessoa idosa. Os resultados oriundos do presente estudo reiteram a importância de estudar o fenômeno da violência. Diante das informações trazidas e da relevância do tema, destacamos a importância de que novos estudos de base populacional, que tenham como foco a violência contra o idoso, sejam realizados a fim de que as evidências trazidas possam subsidiar ações efetivas de prevenção à violência, em especial àquelas que ocorrem em âmbito domiciliar. Além disso, que as condições de saúde e até mesmo sua sobrevida possam ser pesquisadas de forma longitudinal para que possamos entender, de fato, a magnitude da violência na saúde dos idosos.
dc.description.abstract Abstract : Brazil is undergoing a rapid aging process. In 2070, it is estimated that the proportion of the Brazilian elderly population (above 35.0%) is higher than the indicator for developed countries. However, this measure has a counterpoint to this reality where the support for this new condition does not evolve with the same speed. Violence against the elderly, defined by the World Health Organization (WHO) as an act of aggression or omission, may be intentional or involuntary, of a physical, sexual, psychological, economic, institutional, abandonment / neglect and self-neglect nature. The prevalence of violence varies from 1.8% to 60%, depending on the location, culture and instruments used to estimate its occurrence. The existing aggressions contextualize several aspects that qualify in social and family violence. The domestic one is that practiced in the family environment by relatives or caregivers. This will be a focus of analysis of this thesis, which aims to investigate the prevalence of violence against the elderly and to estimate the association between demographic, socioeconomic, caregivers and health conditions in elderly residents in Florianópolis, Santa Catarina. The reference population of the study is made up of elderly people aged 60 and over, in the full age group in the year of the study, of both sexes and living in the urban area of the municipality. A cross-sectional study was carried out, with a representative sample of this population, selected in two stages (census and domicile). The outcome variable is violence, investigated through the cross-cultural adaptation of the Hwalek-Sengstock Elder abuse Screening Test (H-S / EAST). Demographic and socioeconomic variables were: gender, age, race, schooling, marital status, family income, work and number of people who depend on their income. Concomitantly, functional capacity, cognitive status and whether the elderly were bedridden were investigated. Likewise, questions were asked to verify their participation in groups of coexistence and who was the main caregiver, as well as the number of people who lived with the elderly. The evaluation of depressive symptoms was measured from the Geriatric Depression Scale (GDS) and 13 self-reported morbidities were investigated. The associations between violence and associated factors were tested through logistic regression. In this study, 1,197 interviews were conducted, 57 excluded because they were answered by informants, resulting in 1,140 interviews. There was a high prevalence of violence (25.7%); among the elderly of 60-74 years this percentage is 29.5%, and 75 years or more, 20.3%, when analyzed for men (27.9%) and women (24.4%). In the elderly aged between 60 and 74 years, only the number of people who depend on income was associated with violence, and in the elderly over 75 years of age, in the bivariate and multivariate analysis, the number of people who depended of their income, brown / black skin color, not working, health conditions (cognitive status and functional ability) and having caregiver were associated with a greater chance of suffering violence. In the multivariable analysis of all the variables related to health conditions, the "suspicion of depressive symptoms" remained associated with violence increasing the chance in 280% for women and 190% in men, being an important condition to be considered when studying violence against the elderly. The results from the present study reiterate the importance of studying the phenomenon of violence. Considering the information presented and the relevance of the theme, we emphasize the importance of new population-based studies that focus on violence against the elderly, so that the evidence presented can support effective actions to prevent violence, especially those that occur at home. In addition, health conditions and even their survival can be searched longitudinally so that we can, in fact, understand the magnitude of violence in the health of the elderly. en
dc.format.extent 204 p.| il., tabs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Saúde pública
dc.subject.classification Violência doméstica
dc.subject.classification Idosos
dc.subject.classification Estudo transversal
dc.title Violência contra a pessoa idosa: estudo de base populacional em Florianópolis-SC
dc.type Tese (Doutorado)


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