Abstract:
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Evidências clínicas sugerem que a estabilidade primária dos implantes exerce um papel importante no sucesso da osseointegração. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade primária de implantes convencionais (≥8-mm) e extracurtos (4-mm) em pacientes edêntulos totais na mandíbula por meio de diferentes métodos de aferição. Os pacientes foram triados e selecionados seguindo critérios de elegibilidade. A seguir, foram submetidos a cirurgias com implantes e alocados randomicamente em 2 grupos: Teste, com 2 implantes convencionais na região anterior e 2 implantes extracurtos na região posterior; e Controle: 2 implantes convencionais na região anterior apenas. A estabilidade primária dos implantes foi avaliada por três métodos: o torque de inserção, o quociente de estabilidade do implante (ISQ), (Osstell®); e, por último, a capacidade de amortecimento (PTV) (Periotest®). A comparação das médias dos implantes extracurtos e convencionais para o ISQ e PTV foi realizada com Teste t de Student (p < 0,05), enquanto a comparação do torque de inserção foi realizada com o teste QuiQuadrado (p < 0,05). Os métodos foram correlacionados por meio do Teste de Correlação de Pearson (p< 0,05). Foram instalados 36 implantes (24 convencionais, 12 extracurtos) em 12 pacientes (6 pacientes do grupo teste e 6 do grupo controle). Não houve diferença entre implantes convencionais e extracurtos no torque (p = 0,88) e PTV (p = 0,07), enquanto os valores médios de ISQ mostraram diferença estatisticamente significativa (p = 0,003). Foi encontrada apenas uma fraca correlação entre PTV e torque (r = 0,24; p = 0,15), assim como entre torque e ISQ (r = 0,260; p = 0,12). Entre PTV e ISQ houve correlação moderada (r = -0,55; p = 0,00). Dentro das limitações deste estudo, conclui-se que implantes extracurtos e convencionais apresentam valores de estabilidade primária comparáveis, e que as ferramentas disponíveis para avaliação apresentam correlação apenas de fraca a moderada. |