Sintomas depressivos na gestação: fatores de risco e de proteção em gestantes de alto risco

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Title: Sintomas depressivos na gestação: fatores de risco e de proteção em gestantes de alto risco
Author: Kliemann, Amanda
Abstract: O objetivo da presente pesquisa foi compreender o fenômeno da depressão na gestação, com base na literatura atual sobre o tema, e na investigação de fatores de risco e de proteção associados à presença de sintomas depressivos em gestantes de alto risco. Teve como base epistemológica o pensamento sistêmico e se ancorou em teorias da psicopatologia do desenvolvimento e da saúde materno-infantil no contexto da gestação. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratório-descritiva, correlacional e preditiva, delineada através de uma abordagem quantitativa. A pesquisa apoiou-se em dois estudos que se complementam: um bibliográfico (Estudo 1) e outro empírico (Estudo 2). O Estudo 1 visou caracterizar os estudos empíricos de fatores de risco para ansiedade e depressão na gestação, através de uma revisão sistemática da literatura, em bases de dados nacionais e internacionais entre os anos de 2010 e 2016. O Estudo 2 apresenta dados acerca da frequência de sintomas depressivos na amostra selecionada e os fatores de risco e de proteção associados. Além disso, contou com a participação de 80 mulheres com gestação de alto risco, que responderam aos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Questionário de Variáveis Clínicas e Obstétricas, Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo (EDPS), Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), Questionário sobre Relacionamento Conjugal (QRC) e Questionário do MOS SSS (Medical Outcomes Study Social Support Survey). Os dados do Estudo 2 foram analisados a partir de estatística descritiva (frequência, média e desvio-padrão) e inferencial (correlações bivariadas e análise de regressão linear), adotando-se o nível de significância p =0,05. Os resultados dos dois estudos são apresentados no formato de dois artigos científicos. Assim, o primeiro apresenta os principais resultados da revisão sistemática realizada, categorizados em dois grupos: fatores de risco para depressão e fatores de risco para depressão e ansiedade, organizados a partir de categorias temáticas. O segundo artigo apresenta os principais resultados das análises estatísticas realizadas, indicando uma alta frequência de quadros sugestivos de depressão entre as participantes (40%). Nesse contexto, as análises estatísticas realizadas apontaram de forma robusta (R2 de 0.67) a presença de ansiedade-traço, ansiedade-estado, histórico de diagnóstico psiquiátrico e histórico de aborto em gestações anteriores como fatores de risco para os sintomas depressivos entre as participantes. Da mesma forma, identificou-se que a presença de rede de apoio, maior escolaridade, qualidade do relacionamento conjugal, maior idade, estar casada e ter planejado a gestação se caracterizaram como fatores de proteção. Destaca-se que os resultados encontrados poderão ter aplicações diretas em intervenções preventivas em saúde mental e relacional no contexto do pré-natal, auxiliando no fortalecimento emocional da mulher gestante e na promoção de relações saudáveis na família em formação, protegendo assim o desenvolvimento infantil. Recomenda-se que estudos futuros investiguem a presença de indicadores emocionais na mãe e no pai e integrem a metodologia quantitativa e qualitativa, além do delineamento longitudinal.Abstract: This research aims at understanding the depression phenomena during pregnancy based on the current literature about the theme, and on the investigation of risk and protection factors associated to the presence of depression symptoms in pregnant women at high risk. It was epistemologically based on the systemic psychology, anchored in the development psychopathology and maternal and child health theories in the context of pregnancy. It was a cross-sectional, exploratory-descriptive, correlational and predictive research based on a quantitative approach. The research was supported by two studies that complement each other: a bibliographic one (Study 1) and an empirical one (Study 2). Study 1 aimed at finding the empirical studies in national and international databases from 2010 to 2016 about risk factors related to anxiety and depression during pregnancy through a systemic revision of the literature. Study 2 presents the data about the frequency of depressive symptoms in the selected sample and the related risk and protection factors. Furthermore, the study had the participation of 80 pregnant women at high risk, which answered the following: Social-demographic Questionnaire, Clinical and Obstetric Variables Questionnaire, Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS), Lipp s Stress Symptoms Inventory for Adults (LSSI), State-Trait Anxiety Inventory (STAI), Conjugal Relationship Questionnaire (CRQ), and MOS Questionnaire-SSS (Medical Outcome Study Social Support Survey). Study 2 s data were analyzed from descriptive statistics (frequency, average and standard deviation) and inferential statistics (varied correlations and linear regression analysis), using the significance level of p =0,05. The results from both studies are presented in two scientific articles. Hence, the first one presents the main results from the systemic revision, categorized in two groups: risk factor for depression and risk factors for depression and anxiety, organized by thematic categories. The second article presents the main results from the conducted analysis, pointing out a high frequency of depression indication among the participants (40%). In this context, the statistical analysis point out robustly (R2 of 0.67) the presence of anxiety-trait, anxiety-state, psychiatric diagnosis history and miscarriage history as risk factors for depressive symptoms among the participants. On the other hand, it was identified that the existence of a support network, level of education, quality of the conjugal relationship, older age, being married and pregnancy planning characterize protection factors. It is noted that the results can be directly applied in preventive interventions in mental and relational health in the prenatal context, helping in the emotional strengthening of pregnant women and the promotion a healthy relationship of the new family, therefore, protecting the child development. Future studies investigating the presence of emotional indicators in mothers and fathers are recommended, including quantitative and qualitative methodologies and longitudinal design.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2017
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185583
Date: 2017


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