Fatores associados ao tratamento diferencial durante a vida relatados por idosos: estudo EpiFloripa 2013/2014

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Fatores associados ao tratamento diferencial durante a vida relatados por idosos: estudo EpiFloripa 2013/2014

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Title: Fatores associados ao tratamento diferencial durante a vida relatados por idosos: estudo EpiFloripa 2013/2014
Author: Bessa, Thaíssa Araujo de
Abstract: Objetivos: Analisar os fatores associados à auto percepção de tratamento diferencial e discriminação durante a vida relatado por idosos de Florianópolis. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, conduzido com 1.197 idosos participantes do inquérito populacional EpiFloripa Idoso. O desfecho do estudo baseou-se no auto relato de tratamento diferencial do idoso em pelo menos 18 situações experimentadas ao longo da vida por meio da Escala de Discriminação Explícita (EDE). As variáveis independentes analisadas foram: provável déficit cognitivo, sintomas depressivos, auto percepção de saúde, uso da internet e dados sociodemográficos (sexo, faixa etária, cor da pele auto referida, situação conjugal, escolaridade e renda). Nas análises, o modelo final ajustado foi obtido por meio de regressão logística. Resultados: Amostra composta predominantemente por mulheres (64,4%), entre 70 e 79 anos (44,7%), com cor da pele auto referida como branca (86,7%), com companheiro (56,1%) e renda de 1 a 3 salários mínimos (27,9%). Sem sintomas depressivos significativos (81,2%) e sem provável déficit cognitivo (78,8%), com auto percepção de saúde como muito boa/boa (59,3%) e escolaridade de 0-4 anos de escolaridade (40,6%). Dos que perceberam tratamento diferencial, 59,5% relataram o sentimento de discriminação em pelo menos uma situação. No modelo multivariado final, os idosos com sintomas depressivos apresentaram RC de 1,44 (IC95%=1,02-2,03) de ter relatado pelo menos um tratamento diferencial quando comparados a seus pares. Pessoas do sexo masculino OR 1,55 (IC95%=1,08-2,22) também apresentaram associação a esse relato, a variável cor da pele auto referida como negra ou preta, amarela e indígena apresentou forte associação com o desfecho, especificamente a cor da pele auto referida como negra ou preta obteve OR de 2,47 (IC95%=1,27-5,15) para tratamento diferencial em relação à cor de pele auto referida como branca. Quanto maior a idade menor chance de relatar tratamento diferencial OR de 0,40 (IC95% = 0,24-0,67), pessoas com percepção ruim/muito ruim de saúde apresentaram OR de 2,43 (IC95%=1,26-4,70) em relação àqueles com percepção de saúde boa/muito boa. Não foi 16 observada associação significativa com as variáveis escolaridade, renda, provável declínio cognitivo, situação conjugal, capacidade funcional e uso da internet. Conclusões: Os resultados apontam que fatores socioculturais e aspectos individuais podem influenciar de maneira significativa na percepção de tratamento diferencial, por consequência as políticas públicas devem integrar o combate à discriminação no nível social com o cuidado à saúde de cada cidadão.Abstract : Objectives: To analyze the factors associated with the self-perception of differential treatment during life reported by the elderly in Florianópolis, Brazil. Methods: A population-based, cross-sectional study conducted with 1,197 elder people of the population survey EpiFloripa Idoso. The study?s outcome was based on the self-report of differential treatment of the elderly in at least one of 18 situations experienced throughout life depicted in the Explicit Discrimination Scale (EDE). The independent variables analyzed were: probable cognitive deficit, depressive symptoms, self-perception of health, internet use and sociodemographic data (sex, age group, self-reported skin color, marital status, schooling and income). The final adjusted model was obtained by logistic regression. Results: The sample consisted predominantly of women (62.3%), between 70 and 79 years (44.7%), with self-reported skin color as white (86.7%), with partner (56.1%) and income from 1 to 3 minimum wages (27.9%). No depressive symptoms (81.2%) and no probable cognitive deficit (78.8%), with a very good / good health perception (59.3%) and 0-4 years of schooling (40.6%). Of those who perceived differential treatment, 59.5% reported the feeling of discrimination in at least one situation. In the final multivariate model, the elderly with depressive symptoms presented a OR of 1.44 (CI95%=1.02-2.03) for at least one differential treatment reported when compared to their peers. Male individuals were also associated with these reports OR of 1.55 (CI95%=1.08-2.22), individuals who self-reported skin color, black, yellow and native individuals had a strong association with the outcome, specifically black reported skin colour had a OR of 2.47 (CI95%=1.27-5.15) to mention differential treatment comparing to the white reported skin colour individuals. As the age increased, the the chance of reporting the differential treatment decreased (OR 0.40 CI95%=0.24-0.67), people with poor/very poor health perception had an OR of 2.43 (CI95%=1.26-4.70) in relation to those with good/very good health perception. No significant association was found when the variables schooling, income, probable cognitive decline, marital status, functional capacity and internet use were tested. Conclusions: The results indicate that sociocultural factors and individual aspects can significantly influence the perception of differential treatment, therefore, public policies should integrate the fight against discrimination in the society as a whole with the health care of each citizen.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2017.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185395
Date: 2017


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