Abstract:
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O Alto Vale do Itajaí (SC) possui um território diretamente interligado com a formação da bacia hidrográfica do Itajaí, uma vez que o seu processo de ocupação se deu no entorno dos rios, que viriam a propiciar a reprodução e subsistência das populações locais. Desde os primeiros relatos dos imigrantes instalados no AVI, períodos de grandes volumes de chuvas, pode-se perceber a elevação do nível dos rios, e dependendo da proporção desse fenômeno, a região pode ser acometida por uma inundação. Este estudo analisa de que forma o território, com ênfase no mundo rural, se comporta perante as inundações. Para isso, é questionada qual a relação dos desastres naturais com as principais características que tangem o espaço rural. Ainda investiga de que forma as famílias rurais são afetadas, e de que forma se percebe a presença de diferentes entidades no auxílio à recuperação das catástrofes, sejam essas instituições o governo (Municipal, Estadual e Federal), a Defesa Civil, as cooperativas, as igrejas e outros entes ligados à vida privada do corpo social, principalmente no que se refere à coletividade. Primeiro, recorre-se à literatura e aos documentos históricos para entender como se deu o mecanismo de desenvolvimento territorial rural na região, para que então se busque mapear os efeitos dos desastres naturais. Após a análise histórica da região, somada ao estudo de dados e da trajetória das inundações no AVI, entrevistas esclarecem como a população rural e as instituições se comportam nesse espaço, e como esse comportamento se relaciona com as questões previamente esclarecidas. Conclui-se que o território rural precisa de políticas que permitam certa proteção em momentos de inundações, para que os agricultores familiares sintam de forma maior a presença das instituições. Além disso, indica-se a necessidade de uma maior integração entre os membros da sociedade, para que estes possam criar um ambiente cooperativo e definir quais as melhores práticas em um momento de desastre natural. |