Abstract:
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A indústria têxtil é considerada um dos segmentos mais importantes para a economia catarinense. De acordo com o IBGE (2014), Santa Catarina destaca-se como o segundo maior polo têxtil nacional, em termos de volume produzido. O processo produtivo dessas indústrias, no entanto, é considerado potencialmente poluidor ao meio ambiente, especialmente em virtude das grandes quantidades de efluentes geradas. Os efluentes têxteis, normalmente, apresentam forte coloração, elevadas cargas orgânicas, grandes variações de pH, e em alguns casos, altas temperaturas. Sendo assim, é necessário realizar o tratamento desses efluentes da maneira mais eficiente possível, de modo a possibilitar o seu lançamento no meio ambiente em conformidade com os padrões da Legislação Ambiental. Dentre as técnicas de tratamento, a Eletrocoagulação vem sendo empregada como um método alternativo e bastante promissor, uma vez que gera menores volumes de lodo e praticamente não requer a adição de produtos químicos. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a influência do pH na Eletrocoagulação aplicada aos efluentes têxteis, após processo biológico. As análises do efluente foram realizadas no Laboratório de Reuso das Águas (LaRA), pertencente ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Eletrocoagulação (EC) mostrou-se mais eficiente para pH ácidos. O pH 3,0 foi o que apresentou os maiores valores, alcançando a remoção de 68% da turbidez, 38% da cor e 40% dos compostos aromáticos. Apesar dos resultados obtidos, em virtude da Legislação Ambiental vigente não estabelecer limites de lançamento para o parâmetro cor, recomenda-se que o efluente têxtil seja submetido a um polimento final antes do seu lançamento no meio ambiente. |