Abstract:
|
Um dos grandes marcos da utilização de energia pelo homem aconteceu no século XVIII, com a invenção da máquina a vapor, quando teve início a Revolução Industrial na Europa. Todo o desenvolvimento tecnológico e industrial alcançado, desde então, teve como suporte a energia oriunda, sobretudo, de base fóssil, ou seja, combustíveis passíveis de esgotamento, por serem utilizados com velocidade bem maior que o período necessário para sua acumulação. Além disso, também são esses combustíveis os responsáveis por causarem impactos ambientais, seja através da contaminação do ar, da chuva ácida ou do aquecimento global, decorrente em parte das emissões gasosas. Diante deste cenário, a busca por fontes alternativas de geração de energia tem se intensificado no último século, destacando-se, talvez, como a mais promissora, a energia fotovoltaica. Além de ser uma fonte inesgotável, a produção de energia por meio de módulos fotovoltaicos se diferencia por ser silenciosa, não poluente e com possibilidade de gerar energia de forma distribuída. A conversão em energia elétrica a partir da incidência da luz solar só é possível por meio do uso dos módulos fotovoltaicos. Entretanto, estes módulos possuem uma vida útil limitada e, dessa forma, em um futuro próximo, grandes quantidades desse material serão descartados. Isto posto, e para evitar que uma solução energética vire um problema ambiental, torna-se essencial que sejam adotadas medidas de tratamento para a reciclagem para estes resíduos, com as finalidades de recuperar matérias-primas importantes, reduzir os custos de produção e os impactos que os componentes desses módulos podem trazer para o meio ambiente e saúde humana, se descartados de maneira inadequada. Por meio de levantamentos bibliográficos a respeito do tema, este trabalho procurou contribuir com a discussão para estimular medidas de prevenção de impactos ambientais inerentes ao uso dessa tecnologia no Brasil. Foram apontadas sugestões de tratamentos para a reciclagem que possam ser empregadas, relacionadas às tecnologias fotovoltaicas que terão maiores geração de resíduos no futuro. Ademais, propôs-se um sistema de logística reversa para os resíduos fotovoltaicos, mostrando a possibilidade de inserir um sistema que esteja apto a recircular o material na cadeia produtiva, gerando valor agregado ao produto e desenvolvimento econômico. Por fim, tendo como referência a legislação vigente na União Europeia, recomendou-se algumas medidas pertinentes que poderiam ser implementadas em uma legislação para o Brasil. |