Abstract:
|
A aproximação das comunidades às estações de tratamento de esgoto e às estações elevatórias iniciou um problema de saúde pública: a convivência diária com maus odores gerados nestes ambientes. Assim, a qualidade de vida da população diminuiu e os problemas de saúde como náuseas, dores de cabeça e vômitos se tornaram frequentes entre a popu-lação adjacente as estações de esgotamento sanitário. Os maus odores são gerados pela degradação da matéria orgânica presente no esgoto. Este processo ocorre nas tubulações, nas estações elevatórias e na etapa de tratamento. Os compostos responsáveis pelo mau odor são as aminas, os fenóis, os aldeídos, e o principal é o sulfeto de hidrogênio. Para re-solver este problema, ou minimizá-lo, faz-se o uso de técnicas de trata-mento de gases odorantes, dentre estas pode-se destacar a biofiltração. Esta é difundida mundialmente e tem vasta aplicação, visto que tem baixo custo de implantação e operação, facilidade operacional, alta efi-ciência no tratamento do H2S (gás predominante em sistemas de esgo-tamento sanitário), tanto para grandes vazões como pequenas. O presen-te trabalho teve como objetivo operar e avaliar um biofiltro automatiza-do com leito de turfa para tratamento de odores de estação elevatória, esta localizada na Ponta do Leal - Florianópolis.O biofiltro automatiza do reduziu a necessidade de um operador e quando foi necessário, as manobras operacionais foram simples, como ajustar a umidade no con-trolador de irrigação e recolher o efluente percolado. Para que o biofitro obtivesse uma eficiência próxima dos 100% no que tange a remoção de H2S (gás predominante em sistemas de esgotamento sanitário) teve-se que controlar alguns parâmetros como temperatura, pH da turfa e umi-dade. O biofiltro é feito em material de polipropileno (paredes e teto) e sua estrutura é feita em aço galvanizado a fogo.Com este trabalho, ava-liou-se a eficiência na redução de odor e do gás sulfídrico. O resultado mostrou reduções de odor a níveis de concentração de H2S imperceptí-vel ao olfato humano, ou seja, inferior a 0,003ppm mensurada através de um aparelho específico, além de resultados sentidos pela comunidade local de trabalhadores e moradores das adjacências da estação, como a redução drástica de odor e de problemas de saúde, dos quais pode-se citar náuseas e dores de cabeça, entre outros. |