Abstract:
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O Brasil é o 13º maior produtor de ovinos do mundo. A produção anual de carne ovina atinge cerca de 57 mil toneladas, representando 1,0% da produção mundial. Apesar do pequeno consumo per capita, 0,7 kg/hab/ano, quando comparado a países como Nova Zelândia, Uruguai e Irã, onde o consumo é de 39,7 kg/hab/ano, 15,0 kg/hab/ano e 7,6 kg/hab/ano, respectivamente (FAO, 2008), a produção brasileira não atende nem metade da demanda interna nacional, tornando necessária a importação de carne congelada, principalmente do Uruguai. O efetivo ovino nacional é de 16,24 milhões de animais (IBGE, 2007), apresentando um aumento no rebanho de 11,7% nesta última década. Devido à falta de capacidade da produção brasileira em suprir a atual demanda, somado ao imenso potencial de consumo da população brasileira, há ummercado promissor para a produção. A carne ovina é um produto com sazonalidade de produção e consumo, quantidade limitada, alta qualidade e consumo elitizado, que tende a manter seus preços em um patamar diferenciado (COIMBRA FILHO, 2004). O Chile, país com características e tradição na exportação de produtos agropecuários, exporta anualmente 5,3 mil toneladas de carne ovina, sendo o Mercado Europeu e México seus principais destinos (CLARO & CLARO, 2009). A região de Magallanes, na Patagônia Chilena, é líder na ovinocultura com mais de 50% da produção nacional (LIRA, 2007). Nessa região, historicamente se produz com base ao uso extensivo das pastagens naturais, desde as importações dos primeiros animais na década de 1870 (MAZA, 1954). Ao longo destes anos a carga animal nesse ambiente pastoril praticamente não se alterou e devido ao mau uso e manejo de suas pastagens naturais, estas chegaram a níveis altos de degradação (COVACEVICH, 2004). Devido a esses fatores, o Pastoreio Racional Voisin vem sendo utilizado na região como uma alternativa ao melhoramento do aproveitamento das pastagens e da conservação do ecossistema pastoril. |