Abstract:
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A sociedade nas últimas décadas vem passando por uma gradativa mudança, em que o conhecimento passa a ser fator fundamental para competitividade das empresas. Neste novo contexto, os ativos intangíveis se tornam objeto de estudo e interesse no meio empresarial e acadêmico. Para a contabilidade, este novo cenário se constitui em um desafio, pois a falta de métodos de mensuração totalmente eficazes para os Ativos Intangíveis (AI.s) tem seu reflexo no distanciamento entre o valor contábil, contido nas demonstrações contábeis, e o valor de mercado das empresas, percebido pelo mercado e determinado pelo valor das ações da empresa negociado em bolsa. Esta pesquisa consiste em medir esse distanciamento, obtendo através da diferença entre o Valor de Mercado e Valor Contábil da empresa, o valor dos Ativos Intangíveis (VM # VC = AI). Para o estudo foram selecionadas as empresas dos setores de atuação classificados pela própria Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA), em um período de cinco anos # 2005 a 2009. Assim, o objetivo geral desta pesquisa se constitui em mensurar os Ativos Intangíveis a partir da diferença entre o valor de mercado e valor contábil nas empresas dos diversos setores de atuação classificados pela BM&FBOVESPA nos anos de 2005 a 2009. O critério adotado para definição da amostra foi a seleção das empresas contendo os maiores valores de Patrimônio Líquido (PL) em 31/12/2009, e um mínimo de seis empresas por setor de atuação. Este estudo se caracteriza como sendo de natureza descritivo-exploratória, e utilizou fonte secundária para coleta e tratamento dos dados # a Economática # tendo assim, uma abordagem quantitativa. Os principais resultados encontrados demonstraram que: i) Com exceção do setor de Fios e Tecidos, que apresentou índices negativos de AI.s para todos os anos analisados, os demais setores tiveram reconhecimento significativo de seus AI.s pelo mercado; ii) O setor de Telefonia Fixa se mostrou o mais estável, porém não com o melhor reconhecimento de seus AI.s; iii) O setor de Material de Rodoviário alcançou as maiores médias entre os setores, porém mostrou também as maiores variações; iv) Todos os setores sofreram com a crise de 2008, sendo que os setores de Telefonia Fixa e Energia Elétrica foram os menos afetados, e os setores de Siderurgia e Artefatos de Ferro os mais afetados; v) Em 2009, nem todos os setores demonstraram boa recuperação, pois os setores de Material Rodoviário, Energia Elétrica e Fios e Tecidos permanecem com queda em seu índices de AI.s; vi) Os setores de Siderurgia e Petroquímicos foram os que mostraram a melhor recuperação em 2009 |