Abstract:
|
O mercado de biocombustível representa um setor que emerge com grande importância no cenário mundial, demandando grande quantidade de matéria prima. Dentro desta realidade o Brasil com sua vasta extensão territorial e variadas condições ambientais, vem se destacando como país com elevado potencial na produção deste tipo de energia, "limpa" e renovável. Diante disto, no Brasil culturas com potencial para extração de biocombustíveis, como a cana-de-açúcar, o girassol e a mamona, já são cultivadas em larga escala. Porém, essas culturas são cultivadas essencialmente no verão, não se tendo conhecimento da exploração de culturas de inverno para este fim. Frente a esta realidade, a exploração da canola no sul do país, mais precisamente na região norte do Rio Grande do Sul, vem surgindo como importante alternativa. Trata-se de uma cultura de inverno, que contem aproximadamente 34% a 40% de óleo, teor similar as demais culturas exploradas para a extração de biocombustíveis. Além disso, possibilita aos agricultores a substituição dos tradicionais cultivos de inverno, realizados sempre com gramíneas, pela cultura da canola, possibilitando uma rotação de culturas mais efetiva. Por estes motivos as indústrias esmagadoras de grãos têm pressionado as cooperativas para estas estimularem seu cultivo. Contudo, o cultivo da canola ainda não alcançou maiores áreas de cultivo na região, devido a falta de estudos consistentes sobre a viabilidade da cultura. Neste sentido, pretende-se com o presente trabalho, levantar informações sobre a viabilidade da cultura da canola, cujas quais possam auxiliar os agricultores da região norte do Rio Grande do Sul a tomar decisões sobre o cultivo da canola com mais precisão. |