Abstract:
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A partir da experiência vivenciada no estágio curricular obrigatório, na Creche e Orfanato Vinde a Mim as Criançinhas, iniciou-se uni processo de investigação e levantamento sobre a questão da dissonância entre a proposta de atuação da instituição, que tem como base o Estatuto da Criança e do Adolescente, em relação a algumas atividades e ações das educadoras, desenvolvidas junto às crianças e adolescentes abrigados. A partir dessa questão, foi elaborada uma proposta de intervenção, no âmbito do serviço social, materializada na forma de uma capacitação sobre o ECA, para as educadoras da Casa Lar Jandira Jovita da Rosa. A metodologia utilizada neste trabalho tomou por base uma pesquisa bibliográfica, que subsidiou o processo de explanação das concepções de infância adotadas nos diversos períodos históricos do país, como também o planejamento, que deu legitimidade à intervenção do serviço social no processo de capacitação. Essa vivência da capacitação aconteceu em três encontros quinzenais com as educadoras da Casa Lar. Procurou-se destacar neste trabalho que, como assistente social, deve-se estar atento a todas as situações que fazem parte do cotidiano profissional e da sua esfera de atuação, para que se possa reconhecer problemáticas e construir propostas de trabalho que busquem a ampliação da cidadania e garantia de direitos. Dessa forma, a proposta foi desenvolvida no sentido de verificar que a concepção de infância que norteava a prática das educadoras, em alguns momentos, estava em sintonia com a instituição e outras vezes não. Com isso, se objetivou que o processo de intervenção fornecesse subsídios para que as educadoras refletissem e apreendessem sobre a concepção contida no Estatuto, frente a situações compatíveis com a realidade da Casa Lar. Constituiu-se assim uma possibilidade de aprofundar o conhecimento das educadoras sobre o Estatuto, para que pudessem reconhecer os direitos das crianças e adolescentes e, dessa forma, avaliar a sua atuação como educadoras. Este trabalho é resultado de um processo profissional subsidiado pelo aparato teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político, onde, como profissional propositivo, se buscou alternativas de intervenção, tendo em vista a realidade dos educadores, da instituição e das crianças e adolescentes |