O Ato de ler e a sala de aula: concepções docentes acerca do processo de ensino e de aprendizagem de leittura/práticas de leitura

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O Ato de ler e a sala de aula: concepções docentes acerca do processo de ensino e de aprendizagem de leittura/práticas de leitura

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Título: O Ato de ler e a sala de aula: concepções docentes acerca do processo de ensino e de aprendizagem de leittura/práticas de leitura
Autor: Dias, Sabatha Catoia
Resumo: Este estudo tem como tema leitura/práticas de leitura, entendida/s como coconstrução de sentidos em inter-relações humanas, as quais são instituídas por gêneros discursivos, processo que implica decodificação gráfica para compreensão textual, no encontro entre autor e leitor. O objetivo da pesquisa é descrever analiticamente concepções docentes sobre as práticas de leitura nas aulas de Língua Portuguesa em turmas finais do Ensino Fundamental, em escolas situadas no município de Florianópolis, pertencentes à rede estadual de ensino de Santa Catarina, fazendo-o com foco em quatro domínios distintos: domínio ontológico, domínio axiológico, domínio teórico-epistemológico e domínio metodológico. Assim, o estudo pretende responder à seguinte questão de pesquisa: Em se tratando de como professores de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental de escolas da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina, situadas no município de Florianópolis/SC, informam trabalhar com a/as leitura/práticas de leitura em sala de aula, é possível depreender fundamentos do ideário histórico-cultural, nos contornos com que esse ideário tem se estabelecido nas discussões teóricas e nos documentos oficiais no Brasil? Para responder a tal questão, analisam-se respostas obtidas por meio de entrevistas realizadas com 47 professores (do total de 52), as quais versam sobre os quatro domínios mencionados. O aporte teórico delineado para tratamento do tema constitui-se de teorizações de Vigotski (2007 [1978]), que focalizam a relação entre intrassubjetividade e intersubjetividade; de estudos que concebem a leitura como um processo cultural, tomada na dimensão intersubjetiva, tais como Gee (2004) e, por implicação, Lahire (2008 [1995]); da teoria de gêneros discursivos de Bakhtin (2010 [1952/53]) e de teorias de letramento, com base sobremodo no pensamento de Street (1984, 1988, 2003), Hamilton, Barton e Ivanic (2000) e outros. Contempla, ainda, em se tratando da dimensão intrassubjetiva da leitura, um cuidadoso recurso a teorias de base distinta do ideário histórico-cultural, a exemplo de estudos cognitivistas, como Dehaene (2012), Rumelhart (1981), Leffa (1996) e estudos da Linguística Textual, como Koch (2003; 2005), na busca de refletir sobre o processamento da leitura. A análise dos dados depreende concepções docentes substancialmente atreladas a vertentes funcionalistas-estruturalistas da década de 1970 e/ou a vertentes cognitivistas da década de 1980, desvelando a prevalência absoluta de ações pedagógicas desencadeadas com base nos livros didáticos, havendo pouca ausculta às práticas de letramento dos alunos. Por outro lado, da análise dos dados emergem ecos do ideário histórico-cultural, sugerindo um movimento em favor de representações de outra ordem. Tal movimento, entretanto, é incipiente, o que tende a gerar representações conceituais ainda enviesadas. Assim, a contribuição deste estudo reside no desvelamento da necessidade de ressignificações acadêmicas na formação inicial e continuada, considerando o compromisso da universidade com a excelência da ação pedagógica na escola pública.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-graduação em Linguística
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100794
Data: 2012


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