Title: | O condicionamento olfatório aversivo em camundongos |
Author: | Back, Franklin Panato |
Abstract: |
A crescente incidência de alterações mal adaptativas como Transtorno do Pânico, Fobias e Transtorno do Estresse Pós-Traumático impulsiona pesquisadores a desvendar as bases biológicas de tais patologias. Neste contexto, diversos modelos animais tem sido desenvolvidos a fim de mimetizar aspectos dos transtornos de ansiedade, e camundongos são utilizados em estudos das bases genéticas e moleculares pelo conhecimento do seu genoma, além do amplo avanço nas técnicas aplicadas nesta espécie. Boa parte dos modelos de ansiedade baseia-se em princípios do condicionamento clássico, no qual animais adquirem uma memória traumática e exibem respostas emocionais às pistas deste evento. O Condicionamento Olfatório de Medo (COM) em ratos vem sendo amplamente utilizado para avaliar as repostas emocionais condicionadas a um estimulo olfatório. Tendo isto em vista, propõe-se o desenvolvimento de um modelo de Condicionamento Olfatório Aversivo (COA) em camundongos a fim de aumentar as possibilidades para estudos sobre as bases biológicas dos transtornos de ansiedade. Este protocolo permite um acompanhamento dos animais durante a aquisição, consolidação e expressão de memória aversiva. Durante os experimentos, foram avaliados o comportamento natural de camundongos na caixa de testes, a caracterização dos estímulos neutro, condicionado e incondicionado, além da influência de fatores como a novidade, familiarização à caixa de teste e idade dos animais. Ainda, a sensibilidade do modelo ao efeito da administração de agonista benzodiazepínico sobre a memória aversiva foi avaliada. O Estímulo Condicionado (EC) foi definido como 50 µL de solução 5% de acetato de amila, assim como o Estímulo Incondicionado (EI) foi padronizado em 5 choques elétricos de 0,4 mA, por 2 s, com intervalos de 40 s. Os resultados indicam que camundongos de 5 meses emitem respostas condicionadas ao EC, enquanto camundongos de 3 meses não, o que aponta a idade como fator importante no COA. A administração do agonista GABAérgico prejudicou a aquisição, enquanto não promoveu alterações significativas na consolidação e na expressão das respostas aversivas. Portanto, o modelo de COA em camundongos apresenta-se como alternativa para futuros estudos das bases biológicas dos transtornos de ansiedade. The increase in incidence of maladaptive alterations as Panic Disorder, Phobias and Post-Traumatic Stress Disorder drives researchers to unravel the biological basis of these pathologies. In this context, animal models have been developed in order to mimic aspects of anxiety pathologies. Most of the models use principles from classical conditioning, in which animals acquire a traumatic memory and display emotional responses to specific cues of the event. The Olfactory Fear Conditioning (OFC) in rats has been widely used to study the conditioned emotional responses to an olfactory stimulus, although mice are the excellence animals in molecular and genetic studies by the large knowledge about their genome and advanced techniques applied to this species. With this in mind, it is proposed here the development of an Olfactory Aversive Conditioning model (OAC) in mice to increase the possibilities for studies on the biological basis of anxiety disorders. The protocol allows observation of animals during acquisition, consolidation and expression of aversive memory. While the protocol was being developed, the natural behavior of mice in the apparatus, the characterization of the neutral, conditioned and unconditioned stimuli, the influence of novelty, the familiarization to the chambers and age were analyzed. Moreover, pharmacologic interferences through GABAergic stimulation by benzodiazepine on the aversive memory were evaluated too. The Conditioned Stimulus (CS) was defined as 50 ìL of amyl acetate solution (5%), as Unconditioned Stimulus (US) was standardized in 5 electric shocks of 0.4 mA, for 2 s, in a 40 s interval. Results indicated that 5-month old mice emitted conditioned emotional responses to CS, while 3-month-old mice did not, pointing out to age as an important factor in OAC. The administration of GABA receptor agonist impaired acquisition, whereas did not affect consolidation and expression of aversive responses. Therefore, the OAC model in mice is presented as an effective alternative to incoming studies of the biologic basis of anxiety disorders. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia |
URI: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99499 |
Date: | 2012 |
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305403.pdf | 914.7Kb |