Desempenho de dois sistemas de tratamento de dejetos de suínos na redução de compostos químicos e de patógenos

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Desempenho de dois sistemas de tratamento de dejetos de suínos na redução de compostos químicos e de patógenos

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Título: Desempenho de dois sistemas de tratamento de dejetos de suínos na redução de compostos químicos e de patógenos
Autor: Viancelli, Aline
Resumo: A reutilização de águas residuárias geradas na suinocultura pode atender a várias finalidades merecendo destaque o reúso no próprio processo de produção animal ou em outras atividades agrícolas. Porém, para que se tenha segurança nesta prática, informações consistentes sobre a qualidade da água envolvendo aspectos físicos, químicos e microbiológicos precisam ser avaliadas. Atualmente, a inexistência de parâmetros para reúso de água na pecuária brasileira torna esta prática sem critérios para sua recomendação técnica. Diante disso, o presente estudo teve por objetivos padronizar e validar metodologias moleculares para o monitoramento de águas residuárias da suinocultura no que se refere à detecção viral; 2) Avaliar as águas residuárias da suinocultura por meio de estudo virológico de dois sistemas de tratamento de dejetos de suínos; 3) Estabelecer o perfil químico e microbiológico de ambos os sistemas de tratamento, apontando qual sistema é mais eficiente; 4) Apontar qual vírus seria o melhor candidato a marcador de contaminação ambiental por dejeto de suíno, tendo como base a incidência e persistência dos diferentes vírus nos sistemas de tratamento; 5) Apontar qual dos dois sistemas é mais eficiente na remoção dos compostos químicos e microbiológicos avaliados. Para isso, foram avaliados mensalmente (março de 2009 a dezembro de 2010), dois sistemas de tratamento de dejetos de suínos (sistema 1 e 2). Os resultados revelaram que o genoma de PAdV esteve presente em 66% das amostras coletadas o sistema 1 e em 78% das amostras do sistema 2. Já o PCV2 foi detectado em 96% das amostras coletadas no sistema 1 e em 86% das amostras do sistema 2. Partículas íntegras de PAdV e PCV2 estavam presentes em todos os pontos de amostragem, e partículas infecciosas de PCV2 (genótipos 2a e 2b) estavam presentes no efluente final. Foram detectados ainda PPV, TTSuV em ambos os sistemas . Dentre os vírus avaliados, recomenda-se o PAdV como marcador de contaminação ambiental por dejeto de suíno, por este ser um dos mais resistentes e frequentes. Em relação aos parâmetros químicos, a redução ao longo do sistema 1 atingiu níveis acima de 70% em todos os compostos e para o sistema 2, a redução atingiu níveis acima de 80% em todos os compostos avaliados. Para Salmonella sp., não houve redução no sistema 1, e a bactéria não foi detectada no efluente do sistema 2. Em resumo, o perfil químico e microbiológico do sistema 1 apresentou taxas de redução inferiores do que as encontradas no sistema 2, mostrando assim que o este último foi o mais indicado para o tratamento de dejetos de suíno visando o reúso de água. Porém, conclui-se que há a necessidade de se estudar um protocolo adicional de desinfecção do efluente final, visando a eliminação de micro-organismos patogênicos.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99489
Data: 2012


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