Abstract:
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O trabalho constituiu-se em sentido de vida e “rico de sentido individual e social [...] contribuindo na estruturação da personalidade e da identidade” (BORGES; TAMAYO, 2001, p. 13). Sendo o trabalho, muitas vezes, o único elo social fora do convívio familiar (VASCONCELOS; OLIVEIRA, 2004) e devido à centralidade que ocupa na vida dos indivíduos, tornou-se imprescindível um novo olhar para estudos sobre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Neste sentido, esta pesquisa (predominantemente qualitativa) objetiva analisar a qualidade de vida no trabalho de docentes de uma universidade pública do sul do país, a partir da categoria “Integração Social” (WALTON, 1973) nos relacionamentos dos docentes com discentes, chefia e pares. Neste estudo de caso, a análise das entrevistas (dados primários) dos docentes (seleção por julgamento) revelou sentimentos contraditórios: satisfação e prazer nos relacionamentos com alunos e sofrimento decorrente de relações com colegas e chefia; passíveis de gerar o “medo ressentido” (DEJOURS, 1993). Desse modo, propõem-se um repensar acerca das políticas de pessoal adotadas por tal instituição, visando o relacionamento sadio: condição sine qua non para uma efetiva qualidade de vida no trabalho. |