As Formas verbais regulares e simples do português brasileiro: uma proposta à luz da morfologia distribuída

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As Formas verbais regulares e simples do português brasileiro: uma proposta à luz da morfologia distribuída

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Título: As Formas verbais regulares e simples do português brasileiro: uma proposta à luz da morfologia distribuída
Autor: Teixeira, Gabriel Sanches
Resumo: trabalho trata as formas verbais regulares simples do sistema verbal do português brasileiro sob uma perspectiva formalista: a da morfologia distribuída. O ponto de partida é a ideia de Oltra Massuet (1999) de que não só os radicais são estendidos por índices temáticos, mas que os morfemas modo-temporais também o são. Essa condição de boa formação é atingida através da aplicação de uma regra sobre todos os núcleos sintático-funcionais na morfologia, que gera nós adjacentes àqueles, ideias que também foram discutidas e aprofundadas nos trabalhos de Arregi (2000) e Pomino (2008). No entanto, em alguns casos a satisfação dessa regra leva a problemas de adjacência entre nós, de modo que não há como aplicar outras regras, como a de fusão, devido à interveniência desses novos nós. Isso levou à adaptação da proposta de Oltra Massuet em um ponto decisivo: somente os radicais podem ser estendidos por índices temáticos. A partir dessa mudança, todo o aparato foi reconstruído a fim de possibilitar a geração das formas regulares, por meio de três listas de vocabulário principais: uma para os índices temáticos, uma para as propriedades de tempo, modo e aspecto e outra para as de concordância. Durante o processo do estabelecimento dessas listas, o futuro do presente e o futuro do pretérito do modo indicativo foram excluídos do escopo de abrangência deste trabalho, pois foram considerados tempos compostos, mesmo que, aparentemente, possam não parecer. Outro aspecto, que destoa bastante em relação às análises tradicionais do sistema verbal do português, diz respeito ao presente do modo subjuntivo. Sincronicamente, os segmentos -e- e -a-, que tradicionalmente são analisados como morfemas modo-temporais, foram tratados como alomorfes morfologicamente condicionados dos índices temáticos da primeira, segunda e terceira conjugações, respectivamente. Essa análise é fundamentada nas propriedades acentuais do sistema verbal, que privilegia duas posições: o índice temático e a vogal imediatamente anterior a ele. Assim, a análise aqui apresentada difere, primeiro, daqueles trabalhos citados, por não postular um índice temático para os expoentes das propriedades modo-aspecto-temporais e, depois, da análise tradicional dada ao presente do subjuntivo, por postular um índice temático em aberto, condicionado morfologicamente, nesses contextos. Configurado dessa maneira, o sistema é, pois, capaz de gerar os vocábulos esperados para as formas simples e regulares dos verbos portugueses.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96124
Data: 2012


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