Abstract:
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Analise do processo que constitui Chapecó como cidade polo regional a partir do planejamento governamental e da intervenção nos espaços físicos e nos hábitos dos homens urbanos. O período tomado por referência é a década de 70, quando temos a elaboração do Projeto Catarinense de Desenvolvimento - PCD - trazendo a divisão do estado catarinense em microrregiões e, dentro dessas, as cidades eleitas para se tornarem polo. A CASAN - Companhia Catarinense de Águas e Saneamento -, é tomada, em alguns momentos, como pano de fundo para um melhor entendimento deste processo que visa construir novas concepções de cidade e de homem urbano. De igual modo, atentamos para a tendência tecnocrata de traço marcante nas práticas políticas e intelectuais do período. Recusando a ideia de influência a priori na explicação destes fenômenos, procuramos ver como os discursos governamentais e jornalísticos, segundo a posição defendida por Michel Foucault, vão construindo os fatores dos quais pretendem fazer uso. Como construirão essa Chapecó polo, desenvolvida e modelo; habitada por um homem moderno, civilizado e afeito as noções de higiene; este homem que também é construído a partir da difusão daquilo que convencionamos chamar de urbanização das condutas. |