Abstract:
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Este trabalho consiste em um estudo de "entrada" na relação entre o barroco e a fundação da nação, centrado nos escritos de Mário de Andrade. O corpus que se elege, portanto, é composto, sobretudo, pelos escritos de Mário de Andrade e seus posicionamentos estéticos e nos seus desdobramentos e retomadas da questão. O que está em jogo, neste estudo, é muito menos a recuperação monumental do barroco, do que a caracterização de uma leitura das condições da história nacional fundada na questão do pertencimento (ou não) do barroco. O que se opera então, ao conceber o barroco como sintoma de uma história que se histeriza, é justamente um atravessamento do barroco manipulado como símbolo. O problema assim ocorre, mediante ao trabalho que é cercar imagens, ao trabalho de corte efetuado por Mário de Andrade para entender o contra-fluxo dos tempos no que se elege como "o tempo modernista", ou ainda na cronologia que é própria do escritor paulista limitada, nas obras, entre 1917-1945, bem como nas publicações post-mortem realizadas através do Instituto de Estudos Brasileiros. O corpus Mário de Andrade que se ser quer capturar aqui se compõe na escritura fantasmática que prolifera e se impõe na maneira como institui uma direção ao Nacional, porém deixando lastros que impede que esta imagem seja totalizante. |