Abstract:
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Florianópolis possui a segunda maior taxa de incidência de casos de AIDS entre as capitais brasileiras, mas pouco se sabe sobre a epidemiologia molecular do HIV-1 e a prevalência de resistência primária a drogas nesta cidade. Com o intuito de melhor entender a dinâmica da epidemia do HIV-1 na região metropolitana de Florianópolis foram analisadas as regiões genômicas do envelope, protease, transcriptase reversa e integrase do HIV-1 de 82 indivíduos soro-positivos e virgens de tratamento. A forma genética do HIV-1 mais freqüente foi o subtipo C (65,8%), seguido por cepas mosaico BC (18,3%), subtipo B (13,6%), subtipo F1 (1,2%) e uma forma recombinante BCF1 (1,2%). Uma associação estatisticamente significativa entre categorias de exposição e subtipos do HIV-1 foi observada no presente estudo. Mais de 75% das formas recombinantes BC e de sequências subtipo C pertenciam a sujeitos da categoria de exposição heterossexual, enquanto que 73% das sequências subtipo B eram provenientes da categoria HSH. Mutações de resistência a drogas foram observadas em 11% dos indivíduos estudados. O presente estudo confirma a alta prevalência de subtipo C e formas recombinantes BC no estado de Santa Catarina e revela uma diferença significante (?<0,05) na distribuição dos subtipos virais entre as diferentes categorias de exposição, bem como demonstra uma prevalência de mutações de resistência primária maior que a encontrada na maioria das cidades brasileiras. |