Abstract:
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Observando a trajetória de médicos e doentes, esta dissertação analisa as políticas de saúde pública de combate à lepra em Santa Catarina entre os anos de 1936 e 1952, bem como, a Colônia Santa Teresa, instituição fundada em 1940 para o confinamento compulsório dos portadores desta doença. Este estudo busca compreender as condições históricas que viabilizaram este projeto saneador; a construção das imagens de medo e perigo sobre os "leprosos"; o processo de recenseamento, busca e apreensão destes sujeitos; as ficções retóricas criadas em torno da "cidade dos lázaros" (Colônia Santa Teresa); a estrutura de funcionamento e organização deste leprosário; a transformação e condicionamento dos sujeitos no interior do espaço clínico; os desafios terapêuticos da doença nas condições de internamento, bem como as primeiras formas de tratamento consideradas eficazes. Por fim, observa-se o papel exercido pela arte no interior desta "cidade confinada", como forma de ressignificação e abertura das margens de liberdade dos internos, frente às condições impostas pela vida em isolamento. |