Economia como política e esquecimento da virtude moral

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Economia como política e esquecimento da virtude moral

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Title: Economia como política e esquecimento da virtude moral
Author: Grijó, Eduardo
Abstract: Uma vez passado aquele momento de identificação e debate sobre a crise da economia, ao final do século XX, uma crise que pôde ser caracterizada tanto sob o aspecto das relações econômicas cotidianas e sua capacidade de gerar bem-estar, quanto da ciência que lhe pretende descrever, cabe à filosofia da economia buscar alguma reflexão sobre "o que estamos fazendo?". Este trabalho lida com a questão essencial da fundamentação da ciência econômica, para o que é dividido em dois momentos. O primeiro trata de saber se a formação metodológica da economia como uma ciência empírica é todo o seu fundamento necessário. Se assim for, qualquer busca de reflexão crítica deve partir de uma correta aplicação desta metodologia e melhoria de seus instrumentos teóricos de análise. Concluiu-se, entretanto, que não, e pudemos, por este motivo, propor a importância do resgate da história do pensamento econômico como parte de uma história intelectual interdisciplinar - em diálogo com princípios de filosofia moral e política. Isso nos habilita não apenas para a compreensão dos elementos afirmativos do campo científico inaugurado por Adam Smith, mas, sobretudo, pelo que, justamente por estes, ficou esquecido e, até hoje, assim está pela economia. Redescobrimos o caminho de expansão do conceito de economia, inicialmente concebido como pertencente ao domínio doméstico - em Aristóteles e também no pensamento medieval - para a sociedade civil, acompanhando o longo processo de emergência do pensamento político moderno ocidental. Os elementos desta transição nos dão conta de lançarmos a hipótese de que a emergência de uma economia adjetivada como política representa o esquecimento da virtude moral, seja considerando aspectos filosóficos, linguísticos ou políticos da questão.Once that moment of identification and debate about the crisis of economy, a crisis that may be characterized both in terms of the "real economy" as well as the science which intends to describe it, it is now bound to the philosophy of economy to seek for some reflection about "what are we doing?". The present work addresses the core question of the fundaments of the science of economy and to do so this study has been divided in two moments. The first aims at finding out whether the methodological formation of economy as an empirical science is in fact all of its necessary fundament. It has been concluded otherwise and therefore we have been capable of proposing the importance of rescuing the history of economical thought as a part of a broader intellectual history, in constant dialogue with the principles of moral and political philosophy, and not merely the comprehension of the affirmative elements of the field of science inaugurated by Adam Smith, but above all, by what has been forgotten by such elements. We therefore retake the path of expanding the very concept of economy within domestic domains, arousing from the Aristotelian philosophy, to civil society, in the primordial times of western modern philosophy, mainly regarding the philosophy of politics. The elements of such transition have provided us the necessary fundaments in order to launch the hypothesis that the arousal of an economy, labeled as political, represents the forgetfulness of moral virtue, in what concerns philosophical, linguistic and political aspects of the matter.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95096
Date: 2011


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