Abstract:
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A capacidade para antecipar ameaças ou oportunidades, com o intuito de atingir os objetivos estratégicos de uma organização, tornou-se uma necessidade para a maioria dos agentes sociais, econômicos, políticos e institucionais. Da mesma forma, percebe-se que a prospectiva estratégica vem ganhando cada vez maior espaço, nos mais variados tipos de organizações, por tratar-se de uma metodologia eficaz para compreensão do futuro e definição de rumos e estratégias organizacionais. Assim, neste contexto, destaca-se que a presente pesquisa buscou desenvolver um processo de aplicação da metodologia de prospectiva estratégica, preconizada por Michel Godet, autor referência no tema, para Arranjos Produtivos Locais (APLs). Ressalte-se que, apesar da busca exaustiva, não foi possível encontrar, na literatura, estudos que apresentassem um processo de aplicação da metodologia de prospectiva estratégica de Godet, especificamente, voltados para APLs, o que representou uma lacuna a ser preenchida, bem como veio a caracterizar a originalidade da tese. Isto posto, observe-se que através de uma pesquisa de natureza qualitativa, também classificada como aplicada, e que utilizou para o desenvolvimento de seu processo a técnica de pesquisa-ação, foram coletadas as informações necessárias junto ao Observatório de Desenvolvimento Industrial de Santa Catarina (ODI/SC), que desenvolveu ações desse tipo, para o APL de Tecnologia de Informação e Comunicação de Santa Catarina (APLTIC/SC), Brasil. Deste trabalho, definiu-se um processo, a partir da metodologia de prospectiva estratégica de Godet, especificamente, para APLs, apresentando elementos, ferramentas e orientações adequadas, bem como se realizou uma aplicação no APLTIC/SC. Do processo de aplicação, destaque-se que, quanto à definição de ferramentas, não se percebeu diferença em comparação àquelas identificadas na literatura pertinente, utilizadas em organizações, de uma maneira geral, contudo, durante a realização das oficinas prospectivas, identificou-se inúmeras especificidades, ou seja, facilidades e dificuldades para o contexto de um APL. Além disso, com base no processo de aplicação, definiu-se mudanças, rupturas e inércias; variáveis-chave; condicionantes; hipóteses-chave de evolução; cenários futuros; e um plano de ação que oferecem subsídios para o desenvolvimento e fortalecimento do arranjo considerado no horizonte 2008 a 2018, com um marco em 2013 (cinco anos) no Road Map resultante. |