Abstract:
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Este trabalho busca evidenciar a existência de diferentes níveis de aversão ao risco quando indivíduos são submetidos a incentivos de retornos monetários hipotéticos e retornos monetários reais. Para este fim foram realizados experimentos através de questionários envolvendo diferentes escolhas, com decisões de risco mais elevados ou menos elevados se comparados ao valor esperado. A aplicação dos testes dividiu-se a fim de formar dois grupos: um com retornos hipotéticos e outro com retornos reais (pagamento do prêmio em dinheiro). Os grupos foram subdivididos para melhor avaliar o quanto diferentes níveis de renda podem influenciar no comportamento de níveis de aversão ao risco entre os indivíduos. O teste estruturou-se em forma de loteria, onde são apresentadas dez decisões a serem tomadas pelo participante sendo que para cada uma a escolha deve ser Opção A (segura) ou Opção B (arriscada). A metodologia utilizada foi analiticamente próxima ao do artigo Aversion and Incentive Effects de Holt e Laury (2002), onde se mensuram as aversões ao risco baseando-se no número de escolhas por Opções A em oposto a Opções B. No desmembramento da economia experimental é necessário identificar até que ponto as pesquisas laboratoriais representam situações que possam ser idênticas as enfrentadas no “mundo real”, ou se apenas assemelham-se a testes hipotéticos, que confirmam uma teoria com escassa aplicabilidade a situações reais de escolha. Assim o presente estudo buscou na economia experimental as bases para análise da aversão ao risco. Os resultados apresentados não corresponderam às expectativas, tendo em vista que os testes com indivíduos de retornos hipotéticos apresentaram maior aversão ao risco do que testes com indivíduos recebendo retornos reais. Assim, através dos testes estatísticos de confiança é possível afirmar a existência da diferença entre aversões ao risco, nas situações em que os indivíduos são submetidos a retornos reais em comparação a retornos hipotéticos. |