Abstract:
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Partindo dos estudos foucaultianos acerca do biopoder, do pastorado cristão, da tecnologia de polícia, da governamentalidade e do nascimento da medicina social, a presente dissertação problematiza a estratégia Saúde da Família (ESF) de uma perspectiva histórico-crítica. Para tanto, coloca em relevo as proveniências das políticas de saúde pública no Ocidente, refletindo acerca de algumas transformações ocorridas no campo de saber-poder médico entre os séculos XVIII e XXI. Foi construída uma breve genealogia das políticas de saúde pública no Brasil a fim de se evidenciar as possíveis rupturas e proveniências que a ESF apresenta em relação aos dispositivos médico-sanitários que a antecederam, bem como, de se ter elementos para problematizar suas linhas de enunciação, de força e de objetivação. A análise de cada uma dessas linhas se valeu de dimensões da arqueologia, da genealogia e de algumas pistas lançadas por Deleuze sobre a forma de se cartografar as máquinas para fazer ver e falar que são os dispositivos. |