Abstract:
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Este estudo buscou identificar os dilemas presentes e fazer reflexões acerca deles no que se refere às estratégias de manejo do comportamento infantil utilizadas por odontopediatras para atendimento de pacientes de comportamento difícil. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter exploratório descritivo, com especialistas em odontopediatria, no município de Joinville, Santa Catarina. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas, com auxílio de gravador digital, as quais foram, posteriormente, transcritas na íntegra, sendo os dados trabalhados pela técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Observou-se que os dilemas profissionais são vários, dentre os principais, destacam-se aqueles que se referem ao consentimento para atendimento de menor, especialmente quando este atendimento envolve o uso de técnicas de manejo aversivas. Outro dilema bastante presente foi o de optar entre o manejo farmacológico ou o manejo psicológico utilizando uma técnica aversiva no caso de pacientes refratários às técnicas positivas. Verificou-se ainda, que a primeira opção dos profissionais é sempre pelo manejo psicológico positivo, mas quando técnicas aversivas são utilizadas, elas acabam por gerar desgaste físico e psicológico nos odontopediatras. Concluiu-se que as estratégias de manejo do comportamento, sejam elas psicológicas ou farmacológicas, apesar de rotineiramente empregadas na atenção odontológica à criança, ainda geram dúvidas e dilemas para o profissional, merecendo, este assunto, maior atenção dos programas de pós-graduação em odontopediatria. |