Participação social dos trabalhadores rurais assentados do movimento sem terra, no Sistema Único de Saúde

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Participação social dos trabalhadores rurais assentados do movimento sem terra, no Sistema Único de Saúde

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Título: Participação social dos trabalhadores rurais assentados do movimento sem terra, no Sistema Único de Saúde
Autor: Cunha, Alexandre Pareto da
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar a compreensão dos trabalhadores rurais de assentamentos da reforma agrária sobre a sua participação social no Sistema Único de Saúde - SUS. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, no qual o referencial teórico foram os pressupostos de Paulo Freire. O percurso metodológico foi baseado em entrevistas semi-estruturadas, analisadas por meio da 'análise temática' proposta por Maria Cecília Minayo. Participaram da pesquisa oito trabalhadores rurais assentados em terras do projeto de reforma agrária do INCRA. Foram identificadas quatro categorias: 1ª- O conhecimento do trabalhador rural de seus direitos e deveres ante o SUS; 2ª - A percepção do trabalhador rural sobre o enfermeiro e sua ação no incentivo à participação social no SUS; 3ª - A preocupação do poder público local em incentivar a participação dos assentados na formulação e fiscalização das políticas de saúde; e 4ª - O significado e a importância da participação social no SUS para o trabalhador rural. Esta pesquisa, de formato metodológico, possibilitou a descrição das necessidades da referida comunidade e apontou a opinião de um grupo de trabalhadores rurais que, de certa forma, é influente em seus espaços comunitários. Os dados analisados demonstram como é ingênua a compreensão destes trabalhadores rurais com respeito a sua participação no SUS. Por outro lado, apontam a capacidade e a vontade deles em aprender e captar informações que os levem a transformar suas realidades, por meio de uma atuação consciente no Conselho Municipal de Saúde. A demanda por educação em saúde em prol da participação social aparece neste estudo. Sabemos que as mudanças que a comunidade necessita devem, também, partir de iniciativas do poder público, por isso o diálogo entre os atores envolvidos neste processo é essencial. Compreendemos que apesar dos trabalhadores rurais viverem em uma situação de precariedade extrema em termos de infra-estrutura pública, eles não deixam de buscar aprendizado e não medem esforços para chegar ao conhecimento. Tal necessidade de informação deve ser atendida e ao mesmo tempo estimulada por profissionais da saúde, gestores e acadêmicos. Para que o SUS seja um sistema equânime, é necessário que hajam ambientes preparados para o diálogo entre usuários, gestores e profissionais. Os profissionais da saúde, durante sua formação, devem ser orientados para incentivar e possibilitar a existência de tal ambiente nos serviços de saúde. Os gestores, aqueles que não são técnicos, devem estimular a participação dos usuários e profissionais. Já os usuários do sistema, caso não participem desta mobilização, estarão deixando para os outros dois atores acima citados a responsabilidade da assistência à saúde, a qual, sem dúvida, não terá a eficácia e eficiência que necessita.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2010
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94029
Data: 2012-10-25


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